A vereadora Michelly Alencar (União) recebeu, durante a Tribuna Livre na sessão ordinária desta quinta-feira (5), na Câmara de Cuiabá, a fisioterapeuta e presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas de Mato Grosso (Sinfisio-MT), Kassia Kiss. A representante trouxe uma denúncia sobre atrasos nos salários dos fisioterapeutas efetivos e contratados da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
"É inaceitável que, até a presente data, a administração municipal não tenha efetuado o pagamento integral da folha salarial desses profissionais, enquanto outros grupos de servidores do sistema municipal de saúde já receberam seus vencimentos. Esse atraso salarial é uma violação dos direitos fundamentais dos trabalhadores e configura uma grave afronta aos princípios que regem a administração pública", afirmou Kassia.
A presidente do Sinfisio também destacou irregularidades relacionadas ao pagamento do Prêmio Salário Saúde e de outras gratificações e incentivos que, segundo ela, estão sendo pagos fora da folha salarial. Além disso, pediu atenção especial para a realização de novos processos seletivos e concursos públicos, ressaltando a insuficiência de profissionais nas unidades de saúde.
"Há hospitais em que deveriam atuar 150 fisioterapeutas, mas não chegam a 60. Isso é extremamente precário. Quero deixar uma mensagem a vocês, vereadores: imaginem trabalhar o mês inteiro sem receber o que lhes é devido", concluiu Kassia.
A vereadora Michelly Alencar parabenizou a presidente do Sinfisio pela sua atuação em defesa da categoria.
"Quero parabenizar a Kassia pela coragem de vir aqui, representando todos os fisioterapeutas. Em nome da Kassia, que é uma servidora dedicada, uma fisioterapeuta que atua na linha de frente salvando vidas ao lado de toda a equipe da saúde", declarou Michelly.
Durante seu discurso, a parlamentar também reforçou o apoio aos servidores contratados pela empresa Bem Estar, que estavam presentes na galeria da Câmara acompanhando a sessão e que também enfrentam atrasos salariais.
"Senhores, estamos em uma sessão com as galerias lotadas de servidores. Duas Tribunas Livres foram ocupadas por trabalhadores que estão aqui para reivindicar o mínimo. Não estamos falando de novos direitos, mas de direitos já garantidos e que não estão sendo pagos. Estamos falando de salário, de reconhecimento, do básico — e esse básico não está sendo honrado", concluiu Michelly, líder do União Brasil na Câmara de Cuiabá.