A ex-diretora da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), Patrícia Alves de Oliveira Navarros, foi condenada a 9 anos de prisão em regime fechado pelo crime de peculato, após confessar o desvio de quase R$ 1,4 milhão da empresa. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (13) pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. O desvio foi cometido em 202 ocasiões, enquanto ela ocupava o cargo na Limpurb.
Durante o processo, Patrícia alegou coação moral irresistível e pediu o reconhecimento das atenuantes, como o fato de ser ré primária e ter colaborado espontaneamente. No entanto, o juiz considerou que a autoria do crime ficou comprovada, especialmente após a ré admitir os desvios e detalhar como utilizou o dinheiro da empresa para pagar despesas pessoais, como parcelas de sua casa e veículo, além de transferir valores para familiares e conhecidos.
O desvio foi descoberto por meio de uma auditoria que identificou transferências fraudulentas de grandes quantias para terceiros, incluindo para a conta da própria Patrícia. O juiz confirmou que o valor desviado foi de R$ 1.381.940,41, caracterizando o peculato cometido pela ex-diretora em seu cargo público.
Patrícia foi presa em março de 2021 durante a Operação Chave de Ouro, deflagrada pela Polícia Civil, após investigações iniciadas em dezembro de 2020, quando a própria Prefeitura de Cuiabá denunciou o caso. Além dela, o ex-diretor Juilson Aguiar Albuquerque também foi exonerado após as investigações revelarem suspeitas de corrupção na empresa.