Quarta-feira, 18 de Setembro de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024, 16:27 - A | A

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CASO DO PALETÓ

'Brechas na legislação favorecem vagabundos na política', diz Mendes sobre fim de ação contra Emanuel

Evelyn Souza/ O Bom da Notícia

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), fez críticas às leis brasileiras afirmando que elas são "frouxas" e acabam por beneficiar políticos envolvidos em corrupção.

Para Mendes, o problema da justiça no Brasil não está nas decisões dos juízes ou desembargadores, mas nas leis em si, frágeis e cheias de brechas, desta forma quase sempre favorecendo aqueles que desviam dinheiro público.

 "Claro que acredito, primeiro em Deus, depois tenho que acreditar na justiça dos homens baseada nas leis que nós mesmos fazemos através do Congresso Nacional. Ainda que o problema da nossa justiça sejam as leis! Pois tenho certeza que nenhum juiz ou desembargador faz, e nem pode fazer, algo que contraria frontalmente aquilo que está na legislação. Agora, muito provavelmente existem brechas na legislação brasileira que favorecem os vagabundos da política, aqueles que roubam dinheiro público," declarou o governador.

Mauro Mendes fez essas declarações após ser questionado sobre o arquivamento da ação penal contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), envolvendo o vídeo de 2013, em que ele aparece recebendo maços de dinheiro, ainda na época em que Silval Barbosa era governador de Mato Grosso e, mais tarde, em sua delaçãoi premiada, deixou claro que aquele repasse era dinheiro de propina.

O juiz da 5ª Vara Federal de Cuiabá, Jeferson Schneider, seguiu a decisão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que considerou a gravação uma prova ilegal, pois foi realizada sem autorização judicial, contrariando o Pacote Anticrime em vigor desde 2019.

Mendes também alertou para a possibilidade de "desmoralização" das instituições de justiça e investigação no Brasil. Ele mencionou as operações realizadas contra a corrupção na Prefeitura de Cuiabá, dizendo que, se essas ações não levarem a punições efetivas, haverá uma completa desmoralização do sistema. 

"Seria ou será, seria porque eu torço para que não aconteça, mas se acontecer, será uma completa desmoralização da Justiça, do Ministério Público, da Polícia Civil e Federal e ainda da Delegacia de Combate a Corrupção, porque fazer mais de 20 operações e isso acabar virando em pizza, seria uma desmoralização completa de todos esses órgãos. Mas, acredito que eles não irão se desmoralizar e vão honrar o trabalho," afirmou.