Domingo, 17 de Novembro de 2024

POLÍTICA Domingo, 17 de Novembro de 2024, 09:42 - A | A

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Trabalho

À jornalistas, deputada Gisela aposta em debate ampliado sobre PEC 6X1 e lamentou ataque ao STF

Jéssica Nunes/ O Bom da Notícia

Na noite desta quinta-feira, 14, em entrevista no Programa Roda de Entrevista, na  TV Mais, afiliada à TV Cultura de Cuiabá, a deputada Gisela Simona(União Brasil) foi arguida por jornalistas sobre seu posicionamento sobre a PEC 6X1 - Proposta de Emenda à Constituição que busca o fim da escala de trabalho seis dias seguidos e apenas um dia de descanso semanal por direito. E ainda sobre o ataque a sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, provocado por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que morreu na ação. 

A deputada assinou a PEC na última nesta terça-feira(12), proposta pela deputada Erika Hilton(Psol-SP). O texto que reduz a carga de trabalho semanal para 36 horas, e propõe a jornada de trabalho de quatro dias por semana, vem ganhando força. Mas - de acordo com a deputada unista -, ela deverá ser debatida de forma mais ampliada por meio de comissões e audiências públicas, caso consiga as 171 assinaturas necessárias. A ideia é que a proposta não resulte em perdas salariais para o trabalhador. 

"Acredito que seja importante a discussão da jornada de trabalho no Brasil. Não concordo com o texto inicialmente apresentado pela deputada Erika Hilton, porque precisamos aprofundar a discussão para evitar que a própria classe trabalhadora seja prejudicada. Mas o Parlamento precisa encontrar uma saída que concilie os interesses dos trabalhadores e dos empregados. Fazer o debate é o papel dessa Casa e como representante do povo não posso ignorar a vontade popular de encontrar uma alternativa para esse problema. A experiência de outros países, a opinião técnica de especialistas, o depoimento de trabalhadores e empregadores podem servir de subsídio importante para o debate".

Quanto ao ataque a sede do STF, em Brasília, na Praça Três Poderes, provocado por Francisco Wanderley Luiz, a parlamentar federal classificou o ato como uma ação intolerável às instituições e as autoridades constituídas, pois configura uma ação clara de 'violação à democracia'. 

A deputada lembrou que as bombas detonadas na noite de quarta-feira, 13 de novembro, deixaram os parlamentares que estavam em sessão, na Câmara Federal, bastantes assustados, já que as explosões no STF ocorreram nas imediações daquela Casa de Leis.

"A situação é bastante preocupante pois não podemos tolerar atos extremistas, pois estes ataques às instituições e as autoridades constituídas violam a democracia. O Brasil que sempre foi um país pacífico e acolhedor começa a ter episódios de terrorismo. A sociedade precisa fazer uma reflexão sobre a necessidade de mudar sua conduta referente a politica para que possamos ter um espaço plural e convergente em favor do bem todos. Sobretudo, precisamos acreditar que o diálogo tem que voltar a ser o principal instrumento de solução dos conflitos no Brasil. E que, sobretudo, precisamos reaprender a conviver com as diferentes ideologias existentes no país, e isto em favor do bem comum". 

O atentado - ainda segundo a deputada federal unista,  na Praça do Três Poderes, quando um homem atirou um artefato explosivo em direção ao STF e depois detonou um segundo que causou sua morte imediata, reforça a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia.