Para o vereador Fellipe Corrêa(PL) e, igualmente, para o consultor de marketing e expert em Inteligência Artificial, no Brasil, Marcelo Senise, a palavra de ordem nestas eleições, nas proporcionais, em Cuiabá, voltará a ser renovação.
Talvez não tão grande como foi a anterior, quando o parlamento cuiabano teve 60% de renovação para os anos de 2021 a 2024, ou seja, quando apenas 11 dos 25 vereadores foram eleitos. Contudo, acham que o eleitor da capital está cansado de uma cidade abandonada e uma Câmara omissa, assim a tendência é que ocorra pelo menos 40% de renovação.
Na opinião, por exemplo, do marqueteiro Marcelo Senise esta atual legislatura foi ruim, no seu todo. “Eu acredito que retorne cerca de 40%. Essa legislatura foi muito ruim”.
Já Fellipe tem duas visões, uma do número de vereadores que ele desejaria que voltasse e outro do que ele acreditra que poderá voltar, por um conjunto de razões desde partidos até fôlego financeiro. Assim, o vereador até avalia que 50% podem voltar, porém ele gostaria que voltasse apenas o que votaram contra o empréstimo de R$ 139 milhões junto ao Banco do Brasil. Assim, apenas ele e os colegas Cezinha Nascimento (União), Maysa Leão (Republicanos) e Robinson Cireia (PT).
“Quantos voltam ou quantos eu gostaria? [..] Quantos voltam do ponto de vista racional a gente pode ficar aí 50%. Quantos eu gostaria? Quantos vereadores votaram mesmo a favor do empréstimo de R$139 milhões e quantos contra? Bom, contra foram, além de mim, mais três. Então! Até porque a Câmara é uma coisa e a Secretaria do Tesouro Nacional é outra, e acho que ele não conseguiria nem aprovação do Tesouro, agora, na prática, isso repercutiu muito mal para o poder legislativo”, avaliou.
Vale lembrar que no dia 16 de julho, a Câmara Municipal de Cuiabá autorizou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) a realizar o empréstimo, que teria o objetivo de ser aplicado em obras de infraestrutura viária, de mobilidade urbana, no Mercado do Porto e na instalação de usina fotovoltaica. No dia 9 de agosto o Tribunal de Contas de Mato Grosso - por meio do conselheiro José Carlos Novelli -, determinou a suspensão imediata da contratação de empréstimo de até R$ 139 milhões junto ao Banco do Brasil que estava sendo realizado pela Prefeitura de Cuiabá. Em julgamento singular, o conselheiro ainda estipulou um prazo de 30 dias para que o Executivo Municipal esclareça a operação.
A decisão de Novelli se pautou em uma solicitação do Ministério Público de Contas, acatado pela Corte de Contas, de realizar o acompanhamento simultâneo especial para analisar os riscos jurídicos da obtenção do empréstimo junto ao banco e, desta forma, solicitou esclarecimentos em um prazo de cinco dias. Porém, ainda de acordo com o TCE-MT, a justificativa apresentada foi considerada insuficiente e genérica, uma vez que não detalhava o custo-benefício dos investimentos ou seu interesse econômico-social. Além de faltar informações sobre possíveis alternativas, bem como os planos de execução e o cronograma de desembolso.
Diante da falta de informações, o conselhereiro determinou que a prefeitura possa, primeiro, comprovar se consegue cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da Resolução n. 43/2001 do Senado Federal e apresente relatórios técnicos detalhados que demonstrem, de forma objetiva, o custo-benefício e o interesse econômico-social da operação de crédito.
Já a Prefeitura de Cuiabá, na época, por meio de uma pequena nota de esclarecimento apontou que 'irá cumprir e esclarecer todas as determinações com tranquilidade e transparência, demonstrando o fiel interesse público no financiamento por meio do Programa BB Eficiência Municipal.'
As declarações de Fellipe e Senise foram feitas em roda de conversa realizada no Cast do Bom na semana passada, ao lado da jornalista Marisa Batalha, igualmente, editora-chefe do portal O Bom da Noticia.
Fellipe assumiu como vereador em 2 de fevereiro de 2023, após a posse de Diego Guimarães na Assembleia Legislativa como deputado estadual. O parlamentar faz oposição acirrada contra Emanuel Pinheiro (MDB) desde o início, e já protocolou inúmeros pedidos de investigação e comissões processantes, de olho em cassar o mandato do prefeito de Cuiabá. Os dois últimos pedidos de Fellipe foram apresentados em junho e aponta supostas irregularidades administrativas na gestão financeira e orçamentária do município no exercício de 2022. Fellipe Corrêa busca neste próximo pleito de outubro a reeleição.
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