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POLÍTICA Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 15:28 - A | A

Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 15h:28 - A | A

ELEIÇÃO EM CUIABA

Maysa e Jacy Proença alertam pré-candidatos sobre perigo do ‘já ganhou’ na disputa à prefeitura

Luciana Nunes/ Marisa Batalha/O Bom da Notícia

Em entrevista ao Cast do Bom, no portal O Bom da Notícia, nesta terça-feira (23), a vereadora Maysa Leão (Republicanos) alertou os pré-candidatos que buscam o comando da Prefeitura de Cuiabá sobre o perigo do ‘já ganhou’. Ao apontar que disputas na majoritária têm movimentos rápidos, mudanças bruscas e até inesperadas, assim, se há algo 'que, definitivamente, não combina com eleições é 'tranquilidade.'

Ainda que reconheça que o pré-candidato Eduardo Botelho (UB) lidera hoje as pesquisas de intenção de voto, possua capilaridade politica e tenha apoio de um grande número de partidos. Assim, com um arco de aliança forte. 

“Existe um risco muito grande do já ganhou. Estão a gente tem o candidato Botelho que tem o apoio do governador, ele é o presidente da Assembleia, tem maior capilaridade, mais apoios de partidos. Temos que lembrar que quem vai para rua pedir votos é o vereador, então um candidato que tem um número maior de vereadores no seu grupo, sai com um guarda-chuva maior e a tendência é que ele vai ter uma votação maior”, explicou.

Maysa que busca a reeleição à Câmara de Cuiabá, ainda faz questão de reiterar que prudência é bem-vinda mesmo em cenários favoráveis, pois nenhum dos candidatos que estejam hoje disputando a prefeitura da capital, não devem acreditar que somente resultados de pesquisas definirão as urnas. Ou seja, neste sobe e desce dos nomes nas pesquisas de opinião mostram que nada é definitivo na política.

“Não há tranquilidade em política, pois pode surgir no meio do processo um fato novo. E eleição não combina com tranquilidade, porque tudo pode mudar”, acrescentou.

Nesta roda de conversa, igualmente, participou a professora e ativista do Movimento Negro e de Mulheres, Jacy Proença, também pré-candidata a uma das 27 cadeiras do parlamento cuiabano. Como a vereadora republicana, Jacy concorda com a capilaridade de Botelho, reconhecendo que vários partidos estão hoje apoiando seu projeto eleitoral, inclusive, o seu partido, o Progressista.

Em sua visão, este arco de aliança que  Botelho possui - que deverá contar com nove a 10 partidos -, colocam o presidente da Assembleia na frente dos demais pré-candidatos, mostrando, 'pela lógica, que aquele que tem maior capacidade de aglutinar mantém uma certa dianteira', o que não significa, contudo, que não ocorram fatores inesperados.

“Pela lógica aquele que tem uma capacidade maior de articulação e de aglutinar uma aliança maior sai na frente. Agora em se tratando de eleições tem uma série de fatores. Inclusive, tem alguns fatores externos que podem mudar. Mas as pesquisas têm indicado a prevalência desta aliança maior”.

No cenário atual além do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, outras duas pré--candidaturas têm se apresentado ao eleitorado e nas pesquisas como as mais competitivas ao Palácio Alencastro: a do deputado estadual Ludio Cabral (PT) e do parlamentar federal Abílio Brunini (PL). Os candidatos possuem trajetórias políticas distintas entre si, assim, marcam fenômenos políticos interessantes para se compreender a política mato-grossense na atualidade.

Outro nome que surgiu recentemente - e ainda não foi avaliado nas pesquisas -, é a do empresário Domingos Kennedy. Sua entrada em cena, porém, vem causando rebuliço. Empresário no ramo industrial e do agronegócio, ele vem sendo a grande aposta do MDB para as eleições deste ano, em Cuiabá. O empresário é presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial (AEDIC), instituição que representa mais de 300 empresas instaladas no distrito industrial.

Mas para analistas e para políticos, Kenney teria entrado tardiamente na disputa, assim, mesmo sendo um 'nome novo na política,' igualmente, significa com a proximidade das eleições muncipais, 'um ilustre desconhecido da população cuiabana'. Além de alguns posicionamentos que apontam a ligação do empresário com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, como um fato desgastante para a sua campanha, por conta do gestor ter sido alvo de escândalos e operações policiais.

Veja a entrevista completa