Quinta-feira, 19 de Setembro de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 19 de Setembro de 2024, 09:33 - A | A

Quinta-feira, 19 de Setembro de 2024, 09h:33 - A | A

OPERAÇÃO ATHENA

Fellipe Corrêa aponta falhas administrativas de Pinheiro e defende inelegibilidade do prefeito

Evelyn Souza/ O Bom da Notícia

O vereador Fellipe Corrêa (PL) - que atua como oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) -, criticou a situação política de Cuiabá e a gestão municipal durante uma conversa com a imprensa na Câmara Municipal esta semana.

Corrêa manifestou preocupação com a crise na Empresa Cuiabana de Saúde e afirmou que o problema vai além da entidade, estando diretamente ligado às decisões administrativas da prefeitura.

"A nossa política está empobrecendo bastante. E quando eu falo empobrecendo, é porque frase de efeito já não resolve o problema. Se a gente acabar com a Empresa Cuiabana de Saúde, as dívidas dela serão absorvidas pela Prefeitura de Cuiabá, então um problema terá que ser resolvido. A Empresa Cuiabana é insolvente. O Ministério Público quando fez um TAC[Termo de Ajustamento de Conduta] com a prefeitura, lá no Tribunal de Contas, impôs, inclusive, o bloqueio das contas da prefeitura se não houvesse repasse, para que fosse colocado em dia. Portanto, preciso dizer que o problema da Empresa Cuiabana de Saúde não é só a empresa em si, mas o problema é quem nomeia", declarou Corrêa.

A declaração de Fellipe foi feita após a operação "Athena" da Polícia Civil de Mato Grosso, deflagrada nesta última terça-feira, 17 de setembro, que resultou no afastamento de servidores públicos e no bloqueio de bens dos envolvidos. Essa ação seguiu a "Operação Oráculo", realizada na última sexta-feira (13) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), envolvendo mandados de busca, apreensão, bloqueio de bens e sequestro de valores contra investigados na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).

Ambas as operações apontam para suspeitas de desvios, sendo a "Athena" focada em desvios envolvendo uma empresa de tecnologia.

Corrêa também ressaltou seus esforços no Legislativo, mencionando os dez pedidos de cassação protocolados contra o prefeito, e que foram derrubados. Ao asseverar que a má gestão de Pinheiro deve resultar em punição, levando à sua inelegibilidade.

"Eu não entrei aqui para brincar, e como vereador já protocolei quase 10 pedidos de cassação. Por quê? Se passar a eleição e o prefeito não for cassado, ou seja, terminar o mandato, ele continua elegível. A vida é curta e, em 2026, vai chover dinheiro em uma potencial campanha dele. Não tenho nada contra Emanuel Pinheiro; ele é só um ser humano, mas como gestor, ele precisa pagar por tudo que fez", finalizou.