A Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) participou, na manhã desta quinta-feira (27), de uma reunião promovida pela Frente Parlamentar em Defesa do Comércio de Bens e Serviços do Estado de Mato Grosso, liderada pelo deputado Diego Guimarães. O encontro ocorreu na sala das comissões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e debateu a distribuição dos kits escolares da rede estadual. Empresários propuseram a substituição dos kits por um cartão ou vale-compras, garantindo que os recursos sejam gastos no comércio local.
De acordo com Jonas Alves, os empresários não são contra os kits escolares e não há qualquer conflito em relação a isso. A intenção é apenas incluir as papelarias de Mato Grosso nesse processo, fortalecendo um setor que gera emprego e renda.
"Nosso objetivo é que o fornecimento seja feito por papelarias do próprio Estado, permitindo que, em 2026, possamos construir uma nova política para a distribuição desses kits, tão essenciais para as famílias dos estudantes", afirmou Jonas que contou com o apoio de presidentes de várias associações comerciais filiadas à Facmat na discussão da pauta.
O deputado Diego Guimarães reforçou que a intenção não é extinguir o kit escolar, mas reformular sua distribuição. "Defendemos que, em vez de uma compra centralizada com uma única empresa de fora do Estado, o valor seja destinado aos responsáveis pelos estudantes por meio de um cartão ou voucher. Isso manteria os recursos dentro de Mato Grosso, fortalecendo o comércio local e preservando empregos", explicou.
A secretária-adjunta de Gestão Regional da Seduc/MT, Mozara Zasso Spencer, afirmou que os kits escolares de 2025 já foram solicitados por meio de licitação, mas garantiu que a pasta está aberta a sugestões. "Nosso objetivo é melhorar a educação no Estado. Já providenciamos os kits para 2025, com entrega prevista para março, mas estamos dispostos a discutir novas propostas para os anos seguintes", ressaltou.
Comércio Unido
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sinop, Fábio Migliorini destacou que a atual aquisição de kits de empresas de fora do Estado prejudica o comércio local. "Discutimos a implantação de um cartão-voucher, que evitaria atrasos logísticos, manteria a arrecadação estadual e geraria mais empregos", disse.
Fernando Simão, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Nova Mutum, ressaltou que a reunião foi positiva e resultou em uma agenda definida. "Os temas discutidos e as propostas apresentadas estão alinhados em um objetivo comum, com planejamento estabelecido para março. Acreditamos que, em 2026, a nova abordagem beneficiará todas as partes envolvidas", afirmou.
Para Grinaldo Soares, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Primavera do Leste, a discussão do voucher é um passo importante. "A bolsa de material escolar é um benefício fundamental para os estudantes. O que buscamos é criar melhores condições para os comerciantes locais", pontuou.
Já segundo o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sorriso (ACES), Sávio Junior Zaniolo, o comércio local precisa de apoio do governo do Estado para se manter forte. “Comprar de fora do estado não favorece as pessoas que geram emprego e renda aqui, no nosso estado. Por isso, estamos aqui principalmente para apoiar o empresário e dar força ao nosso comércio local. Pedimos ao nosso governador que olhe para o nosso setor e realize as compras aqui, em nosso estado”, concluiu.
A reunião contou ainda com a presença do diretor do Conselho do Jovem Empresário da Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (CJE/ACCuiabá), Rodrigo Nakao, da secretária-adjunta de Administração Sistêmica da Seduc/MT, Anne Cristina dos Santos, do deputado Wilson Santos, dos presidentes da FCDL e da CDL-Cuiabá, David Pintor e Junior Macagnam, respectivamente, além do presidente da União das Entidades de Sinop, Cleyton Laurindo, e outros representantes do setor.
Uma nova reunião está prevista para março para detalhar e aperfeiçoar a proposta. Até julho, a Seduc/MT deve consolidar as informações para possível implementação da nova política de aquisição do kit escolar em 2026.