O líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro Silva Rabelo, conhecido como "Sandro Louco", foi mantido em regime de segurança máxima na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, após indícios de que estaria organizando uma rebelião na cadeia. O colegiado de juízes decidiu transferi-lo para o Raio 8, o setor de segurança máxima da PCE, considerando apreensões de celulares em sua cela e um bilhete que indicava suas intenções de desordem, além de sua liderança sobre a facção criminosa mesmo preso.
Sandro Louco, condenado a 193 anos de prisão por crimes como tráfico, homicídios e lavagem de dinheiro, foi flagrado utilizando celulares para manter contato com o exterior, inclusive com sua esposa, com quem realizou mais de 140 ligações em 19 dias. Ele também é acusado de controlar o "Mercadinho da PCE", esquema que movimentava aproximadamente R$ 75 mil mensais para a facção.
Apesar da defesa contestar a transferência, alegando abuso de autoridade, o pedido foi indeferido. O Ministério Público apoiou a decisão de mantê-lo no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), dada sua atuação como líder criminoso. O juiz responsável pela decisão ressaltou que o preso representa um alto risco à segurança pública e à ordem dentro do sistema prisional.
A Justiça determinou que Sandro Louco permanecerá no Raio 8 por seis meses, em cela individual, com visitas monitoradas e banho de sol diário de duas horas. A possibilidade de transferi-lo para uma penitenciária federal foi descartada, já que o Raio 8 foi considerado adequado para abrigar presos de alta periculosidade.