O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), perdeu a ação por danos morais contra o atual prefeito, Abílio Brunini (PL). O processo foi movido após Brunini insinuar que Pinheiro estava bêbado quando alegou que o prefeito havia pedido apoio para sua campanha eleitoral em 2024. A acusação de embriaguez foi feita dias antes do segundo turno das eleições, quando Brunini sugeriu que Pinheiro deveria passar por exames toxicológicos e de embriaguez antes de gravar vídeos.
A defesa de Pinheiro alegou que as declarações de Brunini colocaram em dúvida sua conduta e integridade, prejudicando sua honra e dignidade, especialmente considerando o valor que muitos eleitores atribuem a princípios cristãos e à moralidade de figuras públicas. As falas tiveram grande repercussão na cidade, intensificando a disputa entre os dois políticos rivais.
O juiz leigo Anderson Tanaka Gomes Fernandes, do 7º Juizado Especial Cível de Cuiabá, decidiu que as palavras de Brunini não ultrapassaram o direito de expressão e não causaram danos a Pinheiro. Segundo o magistrado, a declaração foi uma resposta dentro de um contexto de intensas provocações entre os dois, que são adversários políticos há anos, e que figuras públicas como Pinheiro estão mais expostas a críticas e opiniões de opositores.
Embora tenha negado a indenização, o juiz criticou a postura de ambos os envolvidos, ressaltando que, por serem representantes do povo cuiabano, tanto Pinheiro quanto Brunini deveriam agir com mais comedimento e responsabilidade em suas palavras e ações, dado o cargo público que ocupam.