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VARIEDADES Sábado, 09 de Novembro de 2019, 20:15 - A | A

Sábado, 09 de Novembro de 2019, 20h:15 - A | A

Tenha atenção! Câncer de próstata em pets é raro, porém, mais agressivo

IG PET

Doença comum nos homens, o câncer de próstata raramente é diagnosticado nos animais de estimação, mas isso não significa que eles estão a salvo. Apesar do baixo índice, quando a enfermidade acomete o cão ou o gato , ela costuma ser bastante agressiva. Por isso, o Novembro Azul também abrange os pets. 

A campanha de prevenção ao câncer de próstata em pets acontece no penúltimo mês do ano e alerta para a importância das consultas veterinárias periódicas, principalmente quando se trata de um animal com idade avançada, já que, de acordo com Maria Cristina Timponi, presidente da Comissão de Entidades Veterinárias Regionais do Estado de São Paulo, a doença é mais comum nos cães com idade acima de sete anos.  

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O câncer de próstata em pets costuma atingir os de idade mais avançada

Rodrigo Ubukata, diretor da Associação Brasileira de Oncologia Veterinária (Abrovet), explica que "existem fatores genéticos e moleculares que estão sendo avaliados e que o aumento da expectativa de vida dos animais é um fator que pode contribuir para o aparecimento do tumor". O especialista também acrescenta que, geralmente, os casos estão associados aos animais de grande porte. No entanto, raças como beagle, scottish terrier, poodle e pastor de shetland são bastante acometidas pela doença. Por isso, todos os donos devem prestar atenção nos sintomas e levar o pet para consultas preventivas. 

Sintomas

Para identificar a possibilidade da doença, Maria Cristina Timponi orienta os tutores a ficarem atentos a alguns sintomas que o animal pode apresentar. Entre eles, estão: dificuldade de urinar, gotejamento de sangue no final da micção, dificuldade de defecar, urina com cor e aspecto alterado, infecções urinárias recorrentes, tenesmo (vontade constante de evacuar, geralmente acompanhada de cólicas) e perda de peso.

Diagnóstico

"O diagnóstico é feito através do toque retal, como no homem, meio pelo qual se pode notar aumento de volume, alteração de formato e consistência da próstata. Exames de raio-X e ultrassom abdominal também são indicados", explica a veterinária – que ressalta também a relevância das observações apresentadas pelo tutor do animal como complemento aos exames clínicos e de urina.

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Tratamento

O tratamento vai variar de acordo com o estágio de avanço da doença. Procedimentos cirúrgicos (prostatectomia), radioterapia, laserterapia e manejo clínico estão entre as principais opções. Quimioterapia também pode ser uma saíde, Rodrigo Ubukata, especialista em Oncologia Veterinária, afirma que esse tratamento "ainda não está bem descrito (com relação a sua eficiência, resposta e tempo de sobrevida), mas pode ser avaliada a utilização, baseando-se em oncologia comparada com humanos". 

Nos casos de abscesso (acúmulo de pus decorrente de uma inflamação) na próstata, o tratamento é feito com antibiótico, porém Maria Cristina Timponi, salienta que nem sempre esse método é eficaz, devido à grande dificuldade de atuação das substâncias neste órgão.



Fonte: IG PET