De origem Russa, a raça Borzoi está presente na história local, especialmente entre os aristocratas há mais de nove séculos. A raça costumava ser usada para a caça, principalmente de lobos, o que era considerado um espetáculo entre a nobreza.
Acredita-se que a criação da raça tenha vindo justamente da necessidade de um cão ágil e resistente o suficiente para a caça aos lobos selvagens, por meio do cruzamento de cães rápidos, como os Galgos Árabe e Persa, populares por serem muito velozes, e cães pastores locais, para que tivessem uma pelagem mais longa, dando maior proteção para o clima gelado russo. Essa mistura deu ao Borzoi não apenas a velocidade e resistência requeridas, como também uma aparência que se destacava.
Após passar por uma série de processos de cruzamento desde que teve uma definição de padrão reconhecida, em 1650, apenas em 1891 a raça foi reconhecida oficialmente pelo American Kennel Club.
Mesmo muito popular, tanto como caçador quanto como cão de companhia, em 1917, com a Revolução Russa, os cães da raça Borzoi foram mortos, restando poucos sobreviventes que haviam sido dados de presente para estrangeiros e outros que foram levados para a Europa Ocidental e América.
No ocidente, a raça costumava ser chamada pelo nome de Wolfhound Russo, o nome Borzoi foi oficializado apenas no ano de 1936, data na qual chegou aos Estados Unidos, na Rússia a raça é conhecida pelo nome de Russkaya Psovaya Borzaya.
Curiosidades sobre o Borzoi
O marinheiro Edward John Smith, capitão do navio Titanic, era tutor de um Borzoi – o cão provavelmente estava no navio quando afundou, em abril de 1912.
Entre os anos de 1920 e 1930 a raça estampou diversas capas de revistas de moda, decoração e estilo de vida, graças ao estilo elegante que apresentava. O Borzoi também era muito querido entre os artistas do estilo Art Déco, sendo facilmente encontrado em várias obras de arte.
Em alguns países os Borzoi são usados para a caça de lebres e também foram usados por fazendeiros para a proteção do rebanho. Além de muito rápidos, o Borzoi ainda conta com uma visão 100 vezes mais potente que a de um ser humano e que chega a abranger 207° (a do ser humano chega a 118°), essa capacidade só está totalmente desenvolvida após os três anos de idade do animal.
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A personalidade do Borzoi
A raça costuma ser dócil e bastante tranquila, sendo uma ótima opção para famílias com pessoas de todas as idades, sendo calmo o bastante para passar algumas horas no sofá e brincalhão para se divertir com crianças e outros animais de estimação, mesmo com gatos. No caso de crianças pequenas é importante que a interação seja supervisionada, por ser um cão de grande porte, a criança pode acabar se machucando com algumas brincadeiras.
Muito inteligente, esse cão pode ser também bastante teimoso, fazendo com que o adestramento seja essencial para uma convivência mais tranquila com esse pet de personalidade forte. Mesmo que seja um cão que vive tranquilo dentro de casa, essa não é uma raça para ser criada em locais com pouco espaço, já que esta precisa gastar energia e adora correr e se divertir ao ar livre.
Outro ponto a se ressaltar é que a raça também não é muito indicada para passar longos períodos sozinha, por ser muito apegada aos tutores, esse pet gosta de ter a família sempre por perto. Se puder, de preferência, vale a pena ter mais de um – mesmo que o outro seja de raça diferente.
Saúde e higiene
O Borzoi pode ter uma pelagem cacheados ou ondulados, mas é sempre sedosa e macia, sendo mais longa na região do pescoço, rabo e das patas. Algo comum em cães de pelos longos, ele costuma ter quedas frequentes e a perda de pelos se intensifica em determinadas épocas do ano, quando a escovação deve ser feita regularmente para evitar o acúmulo de fios mortos. No geral, a escovação uma vez por semana tende a ser o suficiente, é importante usar escovas ou pentes adequados para o tipo de pelagem.
A tosa pode ser indicada, especialmente em algumas áreas, como a dos coxins (almofadinhas das patas), o excesso de pelo pode ser um incômodo para o pet. Os banhos são indicados para ao menos uma vez a um ou dois meses, ou caso haja necessidade.
Essa raça costuma ter uma boa saúde, sem maiores problemas. O ideal é que se tenha uma boa rotina de exercícios, com ao menos duas ou três caminhadas diárias, de cerca de 30 minutos cada. Exagerar nas atividades física não é uma boa opção, a displasia coxofemoral pode atingir alguns cães da raça e, como é comum entre os Galgos, o Borzoi pode ser sensível ao uso de anestésicos.
A raça também tem tendência a sofrer com problemas gástricos, por isso jamais se deve permitir que o cão realize atividades físicas logo após se alimentar ou caso beba muita água. Mesmo que o pet tenha uma boa saúde e realize atividades físicas com frequência, é importante que o pet passe por consultas periódicas com um médico veterinário, para avaliações oftalmológicas (lembrando que o cão conta com uma supervisão), exames cardíacos, entre outros.