Segunda-feira, 10 de Março de 2025

VARIEDADES Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 12:46 - A | A

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R$ 48 MILHÕES

Empresário e cantor sertanejo são processados por golpe em venda de lotes em MT

Redação do O Bom da Notícia

O empresário Aguinaldo José Anacleto e o cantor sertanejo Leonardo estão sendo processados por centenas de consumidores que alegam ter sido vítimas de um golpe envolvendo a venda de lotes em Querência, Mato Grosso. O prejuízo estimado chega a R$ 48 milhões. Anacleto, que é dono do grupo AGX, atua no setor imobiliário e agropecuário, sendo acusado de vender os terrenos com o apoio de Leonardo em campanhas publicitárias. O cantor nega qualquer envolvimento societário e afirma que seu papel foi apenas como garoto-propaganda.

Os lotes em questão pertencem aos residenciais Munique I, II e III, geridos pelas empresas de Anacleto e suas parcerias. Um grupo de 100 pessoas formou a Associação dos Residenciais Munique e entrou com uma ação civil pública no final de 2024, alegando que as vendas dos lotes não estavam registradas e, em alguns casos, envolviam fraudes. Além disso, a Justiça determinou a suspensão dos pagamentos das parcelas devidas pelos compradores, além do bloqueio de bens no valor de até R$ 2,8 milhões de Anacleto e suas empresas.

Em janeiro de 2025, o processo identificou que a empresa loteadora de Anacleto estava operando de maneira irregular, com terrenos vendidos sem registro municipal, o que caracteriza crime. Cerca de 462 lotes dos residenciais Munique I e II, avaliados em R$ 104 mil cada, foram comercializados, gerando um prejuízo significativo para os consumidores. A Justiça também proibiu a inclusão dos compradores em órgãos de proteção ao crédito e determinou a averbação de alertas nas matrículas dos imóveis.

Além disso, outras ações judiciais surgiram, incluindo uma de reintegração de posse movida por Joana Augusta de Jesus, que alega inadimplência em um contrato de R$ 8 milhões com Anacleto. A polícia de Querência também foi chamada para investigar possíveis irregularidades e indícios de estelionato e sonegação fiscal. Anacleto defende sua posição alegando que as transações foram feitas de forma transparente, enquanto Leonardo reiterou que não teve envolvimento além da promoção publicitária dos empreendimentos. A AGX se defendeu, afirmando que as operações estavam regularizadas e que as ações judiciais seriam distorcidas por um pequeno grupo de investidores.