Sexta-feira, 18 de Outubro de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 18 de Julho de 2024, 17:10 - A | A

Quinta-feira, 18 de Julho de 2024, 17h:10 - A | A

TRAGÉDIA EM CUIABÁ

'Negócio Delas' oferece apoio psicológico gratuito à lojistas vítimas do incêndio no Shopping Popular

Silvano Costa/Especial para O Bom da Notícia

A advogada Thaísa Figueiredo - presidente do 'Ampara Elas' e coordenadora da empresa Negócio Delas - usou no início da semana, suas redes sociais, para oferecer apoio psicológico gratuito às mulheres lojistas que foram afetadas pelo incêndio que destruiu o Shopping Popular de Cuiabá, na madrugada de segunda-feira(15).

"Você, mulher, você que é lojista que, infelizmente, perdeu seu negócio, perdeu sua fonte de renda, procure-nos, nós vamos te dar um suporte psicológico gratuito pra te ajudar a se reerguer".

A Negócio Delas é uma empresa que busca criar um ecossistema de negócio entre mulheres, fomentando o empreendedorismo feminino. A ação da empresa visa manter a motivação para as mulheres empreendedoras que perderam anos de investimento e trabalho por conta do incêndio.

"A gente acredita muito na força da mulher, e a gente quer impulsionar o seu negócio. Não desanime, não desista, têm mulheres que querem te ajudar", completou Thaisa.

É o caso de Solange Machado, comerciante que atuava no Shopping Popular há mais de 20 anos vendendo bebidas, tabacarias e outros produtos. Ela criou uma vaquinha online para se recuperar financeiramente da tragédia. 

Perfis como este de Solange se somam às centenas de comerciantes que acordaram com a notícia de que seu negócio tinha sido tomado pelas chamas e precisarão dos mais diversos tipos de ajuda para se recuperarem totalmente das perdas materiais e psicológicas.

Thaisa Figueiredo ainda é presidente do "Ampara Elas", instituição que surgiu a partir da necessidade de auxiliar mulheres vítimas de violência doméstica a buscarem medidas protetivas.

De acordo com a administração, o Shopping Popular tinha 600 empresas e três mil trabalhadores. Esta semana por conta de vários pedidos de ajuda, o presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão, agradeceu pessoas e instituições que estão se colocando à disposição para ajudar os lojistas. Mas, igualmente, pediu prudência, ao alertar a população que fique atenta a supostos golpes usando o nome dos lojistas ou do próprio centro comercial em pedidos de doações e vaquinhas.

Para a imprensa, Misael afirmou que tem recebido reclamações de lojistas ou pessoas próximas sobre os golpes. "Por isso, a Associação vai oficializar todas as campanhas", disse.  O presidente não informou a forma como se dará essa "certificação".

Incêndio 

O incêndio que destruiu o Shopping Popular ocorreu na madrugada desta segunda-feira, 15 de julho, e  consumiu todos os 600 boxes do prédio e milhares de mercadorias. O fogo começou por volta das 2h30 e rapidamente se espalhou, com vídeos, fotos e relatos circulando nas redes sociais, alertando os trabalhadores.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e combateu as chamas, mas a intensidade do fogo fez com que a estrutura do shopping desabasse.

Deixando as diferenças de lado, vários olíticos mato-grossenses realizaram diversas reuniões esta semana para discutir medidas emergenciais de apoio aos comerciantes. Dentre eles o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), mencionou a colaboração do Cuiabanco e Desenvolve MT para conceder linhas de crédito e criar um centro comercial temporário no Complexo Dom Aquino.

O incêndio foi destaque no noticiário nacional. O site Poder360 destacou, por exemplo, que o local funciona desde 1995, reunindo mais de 600 lojas, gerava renda para mais de 3 mil trabalhadores. A matéria destacou ainda declaração do presidente da associação, Misael Galvão, de que o local não tinha seguro “pois nenhuma seguradora aceitou”.

No jornal Estado de S. Paulo, a cobertura ressaltou que apesar do tamanho da tragédia não houve registros de mortos ou feridos e que as causas do incêndio serão investigadas pelas autoridades da segurança pública do estado. Já a CNN Brasil destacou que mesmo com a chegada das equipes do Corpo de Bombeiros em apenas sete minutos após o primeiro acionamento, as chamas levaram meia hora para se alastrar e consumir tudo o que existia ali.

E a rádio CBN apontou que um segurança do estabelecimento chegou a tentar apagar o fogo sozinho, mas quando viu que não ia conseguir, acionou os bombeiros.