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CIDADES Sábado, 07 de Agosto de 2021, 13:42 - A | A

Sábado, 07 de Agosto de 2021, 13h:42 - A | A

PIOR SECA DA HISTÓRIA

Crise hídrica ameaça abastecimento de água em algumas cidades de MT

O Bom da Notícia

Devido a crise hídrica que afeta o Brasil e países vizinhos, há risco de que ocorra uma falta de abastecimento de água no estado do Mato Grosso. Na quarta-feira (4), foi registrado que o nível do rio Paraguai, que drena o bioma Pantanal, baixou quase 20 centímetros na última semana, diminuindo cerca de dois centímetros por dia, em Ladário, Mato Grosso do Sul. A estação, considerada uma referência da situação de seca na região, registrou 84 centímetros enquanto o nível normal esperado para esta época do ano é de 4,15 metros.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), o ritmo de descida dos níveis deve se intensificar nas próximas semanas e piorar a crise hídrica na região, inclusive, 2021 será o terceiro consecutivo em que o Pantanal não apresentou a habitual cheia.

Em Cáceres, a seca do rio Paraguai já é a pior de toda histórica desde 1967. Já Porto Murtinho (MS), está entre as dez piores da série histórica desde 1937. Em Ladário já é a quinta pior vazante desde 1901. Este é o segundo ano consecutivo que a bacia está nesta situação. 

As estações em Cáceres e em Cuiabá registram níveis abaixo da mínima histórica que já havia sido atingida em 2020. A estação de Cáceres registra 54 centímetros ao passo que o esperado seria 1,73 metro. Ano passado, nesta mesma data, o rio marcava 85 centímetros.

Pode faltar água em Mato Grosso

Na capital do estado, há preocupação com o impacto no abastecimento de água, devido a cota atual que é 20 centímetros, quando o valor normal seria de 81 centímetros.

Em 2021, nos municípios de Ladário e Porto Murtinho, o nível do rio subiu consideravelmente, visto que neste mês as chuvas ficaram mais próximas do normal.  A situação foi agravada pelo fim precoce da estação chuvosa, no início de abril.

O rio só esteve mais baixo do que atualmente, durante alguns episódios de seca prolongada dos anos 1960 e 1970, contudo, poucas estações de monitoramento existiam na região do Pantanal na época. Deve ser o terceiro ano consecutivo com déficit significativo de chuvas.

O reservatório da usina de Manso, que atende a região de Cuiabá, opera com vazão mínima há mais de um ano. A empresa que opera a hidrelétrica informou que o reservatório conta atualmente com 20,6% de seu armazenamento e, caso seja mantido o nível de utilização atual, é possível projetar um colapso hidráulico a partir da primeira quinzena de outubro. (Informações Opinião MT)