Sábado, 21 de Dezembro de 2024

CIDADES Segunda-feira, 29 de Outubro de 2018, 10:46 - A | A

Segunda-feira, 29 de Outubro de 2018, 10h:46 - A | A

OUTUBRO ROSA

Amamentação diminui o risco de câncer de mama, alerta especialista

Da Redação

O Centro de Pesquisas para o Câncer da Grã-Bretanha divulgou, há mais de 15 anos, que um ano de amamentação equivale a redução em 4,3% do risco de contração do câncer de mama em mulheres. Entretanto, ainda nos dias de hoje, são poucas as pessoas que sabem da relação existente entre o ato de amamentar e a prevenção à doença.   

 

Ginecologista, obstetra e mastologista do Hospital Infantil e Maternidade Femina, Fernanda Monteiro Siqueira Juveniz explica que o câncer de mama está relacionado à exposição do organismo ao hormônio feminino, o estrogênio, e consequentemente à ovulação.    

 

A ausência de ovulação leva o ovário a estar em “descanso” e a não produzir hormônios em grande quantidade.   “Em muitos dos casos considerados fatores de risco – como a menstruação precoce ou menopausa tardia – a mulher ovula por mais tempo e está demasiadamente exposta ao estrogênio; por isso, crescem as chances de se ter um câncer de mama”, reforçou.   

 

Conforme esclarece a especialista, uma mulher grávida não ovula e, durante a amamentação, são menores as chances de ovular. Logo, ter filhos e amamentá-los por bastante tempo é benéfico, entre outros fatores, por oferecer menos estrogênios circulantes no organismo.   

 

A ginecologista alerta que, no entanto, a interrupção da menstruação por meio de métodos anticoncepcionais não estabelece relação com a redução percentual do risco de câncer de mama.   

 

“Não ovular em razão da gravidez ou amamentação é diferente de não ovular em função do uso de um anticoncepcional – que, para além dos hormônios que já circulam no organismo da mulher, fornece mais hormônios”, destacou.  

 

FATORES DE RISCO – Dentre os pacientes pertencentes ao grupo de risco do câncer de mama, estão mulheres, mulheres idosas e pessoas com histórico familiar positivo em parentes de primeiro grau que viveram o diagnóstico antes dos 50 anos ou nas duas mamas (câncer bilateral) – nos últimos casos, inclusive, é indicado que o acompanhamento pela mamografia se inicie dez anos antes da idade em que a pessoa familiar foi diagnosticada.   

 

Menstruação precoce, menopausa tardia, a ausência de gestação e de amamentação e a terapia de reposição hormonal também são fatores estatísticos que aumentam o risco de câncer de mama. Já pacientes com menos de 40 anos devem se precaver por meio de consultas anuais ao ginecologista e do autoexame mensal.