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VARIEDADES Sábado, 05 de Março de 2022, 10:32 - A | A

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Em Portugal, centro histórico de Porto pode ser explorado em um dia

IG - Turismo

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Veja como aproveitar o melhor do centro histórico de Porto em apenas um dia
Reprodução/All About Portugal

Veja como aproveitar o melhor do centro histórico de Porto em apenas um dia

Seja por abrigar algumas das igrejas mais bonitas do mundo, pelas ruas de paralelepípedo ou pelas belas construções barrocas e artísticas, a atmosfera do centro histórico de Porto , em Portugal, é sem igual. A cidade, que foi uma dos destinos internacionais mais buscados de 2021, tem tudo para continuar em alta este ano e deve ser considerada como uma ótima opção para desbravar.

O centro histórico é repleto de pontos importantes para a histórica e para a cultura de Porto (e até Portugal como um todo). A elegância e o charme da cidade estão na estética tradicional e ímpar, mas também na atmosfera de segurança e pela boa receptividade dos portuenses.

A proximidade dos pontos turísticos importantes também é um fator que ajuda quem quer conhecer o indispensável da cidade em menos tempo. Em determinados pontos, os cartões-postais estão a até dez minutos de caminhada de distância um do outro, salvo alguns momentos em que pode ser necessário utilizar o transporte público. No entanto, tanto pela falta da barreira do idioma, esse deslocamento é tranquilo e não reserva perrengues aos visitantes.

Pensando em como otimizar o passeio, o iG Turismo preparou um roteiro para quem tem apenas um dia para conhecer o centro histórico de Porto. A ordem como as localidades foram organizadas leva como critério a proximidade.

A pé se aprecia melhor a atmosfera de Porto

Por ser uma cidade bastante fotogênica e com muita história em cada metro quadrado, recomendamos que o turista caminhe por entre os pontos turísticos. É por isso que otimizar as atrações por tempo pode ser uma estratégia importante; assim, se garante um passeio prático, sem deixar de lado o indispensável.

Desta maneira, é possível que o visitante se perca pela cidade e faça desvios quando julgar necessário (seja para ir às compras, para xeretar as lojas de souvenir ou mesmo parar para admirar uma construção).

Vale lembrar ainda que, apesar de um dia parecer pouco tempo, muitos dos pontos turísticos não são demorados e se resumem em apenas um determinado espaço – como é o caso da Estação São Bento, por exemplo, o que será explicado mais abaixo. Por isso, os espaços selecionados podem ser conhecidos com folga caso o visitante se predisponha a iniciar o passeio pela manhã.

O que fazer no centro histórico de Porto em um dia

Capela das Almas

Fachada de azulejos da Capela das Almas
Reprodução/Turismo em Portugal

Fachada de azulejos da Capela das Almas

Localizada na Rua de Santa Catarina, a Capela das Almas é um ótimo ponto para começar, já que é mais afastada do polo mais movimentado do centro histórico de Porto; além de ser um colírio para os olhos que deve motivar a caminhada em busca dos tesouros portuenses. Isto porque a fachada da capela conta com mais de 16 mil azulejos azuis que representam as vidas e feitos de de Santa Catarina, a grande homenageada pela estrutura, e São Francisco.

A capela foi construída em 1759, e dizem as histórias que toda etapa de construção foi feita aos louvores. A parte interna do local é trabalhada em madeira pintada e talha, mas muito das características originais foram perdidas em 1985, depois que o teto ruiu. Este evento fez com que a Capela das Almas perdesse diversas pinturas do século 17 e danificou a pintura que apresentava os 12 embaixadores de Cristo.

Os tesouros perdidos não tiram o charme da Capela, onde é possível visitar ou assistir às missas de graça.

Igreja das Carmelitas e Igreja do Carmo

Depois de conhecer a Capela, pegue um ônibus (linhas 300 ou 305) ou caminhe 20 minutos rumo à Rua do Carmo, onde se encontram a Igreja do Carmo e a Igreja das Carmelitas. A estrutura de ambas se interligam e, assim, parece que se trata apenas de uma construção. Mesmo que ambas pertençam aos estilos rococó e barroco, das fachadas pode-se perceber que há elementos que as diferenciam.

A Igreja do Carmo foi construída no século 18 e parte de sua lateral externa é revestida de azulejos azuis, que representam o Monte Carmelo e a Ordem Carmelita. Além dos magníficos espaços internos, cheios de detalhes em talha dourada e iconografias que remetem à Paixão de Cristo, lá estão abrigadas as catacumbas com os restos mortais dos irmãos da Ordem do Carmo.

Já a Igreja das Carmelitas é mais antiga, e sua obra foi concluída em 1628. Também trabalhada em talhas douradas em seu interior, o local conta com seis capelas laterais e uma planta de cruz latina. Na fachada, são representadas imagens de Santa Teresa de Jesus, São José e Nossa Senhora do Carmo dentro de arcos.

Outra curiosidade é que o meio das duas igrejas abrigam um imóvel conhecido como Casa Escondida, que existe desde 1768 e é conhecida como a casa mais estreita de Porto, tendo pouco mais de 1,5 m de largura. Quarto, sala de estar, cozinha e banheiro estão entre os cômodos. O ingresso para visitar as duas igrejas e a Casa Escondida é pago, custa € 3,50 (R$ 19,98 na cotação atual).

Livraria Lello

A 150 metros das Igrejas do Carmo e Carmelita está a famosa Livraria Lello que ganhou fama mundial devido a um rumor: acreditava-se que a estética da livraria havia inspirado a escritora J.K Rowling a criar Hogwarts, a Escola de Magia e Bruxaria da saga Harry Potter. No entanto, a própria autora negou que isso tenha acontecido e afirmou que nem conhecia o lugar pessoalmente.

Independente disto, a Lello é conhecida como a livraria mais bonita do mundo por sua arquitetura art nouveau, as escadarias suspensas que criam ilusão de ótica e pelos belos vitrais no teto. Não à toa há sempre uma fila consideravelmente grande de turistas que esperam na rua para conhecê-la por dentro.

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O valor da entrada, que é de € 5 (R$ 28,56), pode ser convertido em descontos nos livros, o que pode ser vantajoso.

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Jardim das Oliveiras

A estrutura que sustenta o Jardim das Oliveiras, jardim suspenso que substituiu a antiga Praça de Lisboa, fica do outro lado da rua da Livraria Lello e integra a região com a Torre dos Clérigos, que fica na outra ponta.

Considerado atração recente da cidade (foi inaugurado em 2013), o jardim conta com mais de 4,5 mil m² de relva e cerca de 50 oliveiras em seu espaço. Pelo clima ameno, o espaço agradável e a bela vista, o Jardim das Oliveiras é um dos pontos escolhidos pelos portuenses para fazer um happy hour ou encontrar os amigos para relaxar e jogar conversa fora.

Por sua altura, é possível apreciar a paisagem do centro histórico de Porto e descansar observando o encontro do paisagismo às construções históricas. Também ficam perto dali o Museu de História Natural da Universidade do Porto e a Reitoria. Na parte de baixo do jardim, é possível se deliciar em cafés e bares ou fazer algumas compras nas lojinhas ao ar livre.

Torre dos Clérigos

Do outro lado do Jardim das Oliveiras está a Torre dos Clérigos, um dos principais pontos turísticos portuenses. Seguindo o estilo arquitetônico conhecido como tardo-barroco, com elementos do rococó, do maneirismo e até do classicismo, o conjunto foi construído depois da metade do século 18.

A construção da torre foi pensada para abrigar o sino da Igreja dos Clérigos, o que acabou não se concretizando. Além da estética única e da oportunidade de ter uma das vistas mais completas de Porto, o local foi por anos considerado estratégico em conflitos e ponto de referência para navegadores.

A torre de granito impressiona tanto pelos 75 metros de altura, que resulta em uma vista panorâmica e bela de Porto, como por sua estrutura irregular e cheia de formatos, o que dá a ela um aspecto único. Para chegar até lá, o visitante precisa subir 200 degraus de escada. A entrada à Igreja é grátis, mas é preciso pagar um ingresso de € 5,70 (R$ 32,50) para visitar a Torre e o Museu da Irmandade dos Clérigos, situado no mesmo lugar.

Estação de São Bento

A 550 metros da Torre dos Clérigos, o que dá uma caminhada de sete minutos, está a Estação de São Bento, muito popular pelas paredes do saguão que contam com mais de 20 mil azulejos em seu revestimento. Os azulejos levaram 11 anos para serem confeccionados e suas pinturas retratam o cotidiano e a história de Portugal.

A estrutura em si da Estação São Bento foi terminada em 1915 e tem influências da arquitetura francesa. Até hoje é uma estação de metrô ativa. À parte do saguão, o restante da estação tem uma estrutura modernizada e bastante comum. Portanto, os azulejos e a arquitetura externa são os motivos principais para a visita, o que faz com que o turista não leve tanto tempo por ali.

Catedral Sé do Porto

Basta caminhar 180 metros da Estação São Bento para chegar até a Sé do Porto, também um dos cartões postais mais buscados de Porto. É uma das construções mais antigas do centro histórico – foi erguida no século 12 seguindo o estilo românico, mas passou por reformas que acrescentaram elementos góticos e barrocos ao lado externo.

Além das missas, que ainda acontecem por ali, o local é emblemático por suas torres desniveladas, pelo vitral em formato de pétalas e as colunas em arcos que sustentam a catedral; além do local proporcionar uma bela vista da cidade, já que está em um dos pontos mais altos do Porto. Assim, consegue se destacar de cima os telhados das casas grudadas, as cores das estruturas e os azulejos azuis – marcas registradas da região –, além do Douro.

Ponte D Luís I

A importante ponte de estrutura metálica passa por cima do Rio Douro e interliga Porto à Gaia, cidade vizinha que está integrada ao centro histórico de Porto. Construída em 1881 e com 45 metros de altura, a travessia da ponte pode ser feita pelo metrô ou à pé. A D. Luís I coloca o turista bem pertinho do World Of Wine, ou WOW Porto, novo quarteirão cultural dedicado ao vinho .

Passar por ali é recompensador para a vista e, com certeza, para o feed ou os stories do Instagram, já que a paisagem contempla a divisão de Gaia e Porto pelo Rio Douro. Para apreciar sem pressa, vale a pena fazer a travessia a pé, tanto de dia como de noite (o local é bem seguro).

Abaixo da Ponte D. Luís I está a região da Ribeira, que coloca o turista bem em frente ao Rio Douro e permite observar as construções de casinhas coloridas para quem estiver do lado de Gaia; ou as caves de vinho, para quem decidir apreciar do lado de Porto. De dia, vale a pena escolher passar ali para tomar um café, andar de teleférico, fazer um passeio de barco ou apenas apreciar a vista.

Fonte: IG Turismo