Apesar de ser uma proposta de autoria do Executivo Estadual, a criação do Fundo de Estabilidade Fiscal não possui o apoio de todos os componentes do Governo. O vice-governador Carlos Fávaro (PSD), por exemplo, classifica a criação deste Fundo como “inconcebível”.
“O cidadão brasileiro não aguenta mais o aumento de carga tributária. Eu sei que Mato Grosso vive um momento difícil, as finanças precisam ser estabilizadas, medidas precisam ser tomadas, medidas amargas precisam ser tomadas, mas aumento de carga tributária por si só é inconcebível, o brasileiro não aceita mais”, disse o social democrata.
Fávaro admite que o Executivo Estadual precisa reduzir gastos para garantir o equilíbrio das finanças, mas acredita que existem outras formas de fazer isso. “O governo precisa sim fazer corte de gastos, cortar despesas, enxugar o tamanho da máquina, mesmo que isso custe popularidade, mas é preciso fazer isso para depois convencer a sociedade a contribuir mais com o governo”, alfinetou.
Vale lembrar também que, além da criação do Fundo de Estabilização Fiscal, a equipe econômica também trabalha na elaboração de uma nova reforma administrativa, que deve ser encaminhada ao Legislativo Estadual ainda no primeiro semestre deste ano.
O governador Pedro Taques (PSDB), por sua vez, afirma que a proposta já possui o apoio de diversas entidades do Estado.
O projeto vem sendo elaborado pela Secretaria de Fazenda sob o comando do secretário Rogério Gallo, e irá implicar na taxação de benefícios a empreendimentos contemplados por programas de desenvolvimento e isenção fiscal. A expectativa é arrecadar entre R$ 400 e R$ 500 milhões até o final do ano com este novo fundo, gerando assim o equilíbrio fiscal.