(Foto: Divulgação)
Vereadora democrata, Michelly Alencar, foi entrevistada pelos jornalistas Edivaldo Ribeiro e Marisa Batalha
A vereadora Michelly Alencar (DEM) destacou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos Vencidos, instaurada na Câmara Municipal de Cuiabá, após ter sido encontrados centenas de remédios com validade vencida no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos, terá um resultado positivo em favor da população, na Casa de Leis, sobretudo, pela extensa rede de investigação que vem sendo realizada por órgãos de Controle, de forma paralela. E ainda pela repercussão negativa causada pelo escândalo, junto à cuiabania.
Lembrando que a fiscalização realizada no dia 23 de abril deste ano, por vereadores que fazem oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro(MDB), na Câmara contou, inclusive, com sua participação. "Assim, tenho esperança, e confio que a CPI não acabará em pizza'. A afirmação da vereadora democrata foi feita nesta terça-feira (15), durante a live do site O Bom da Notícia.
Michelly Alencar também teceu duras críticas à Secretaria de Saúde de Cuiabá, em resposta à renovação do contrato com a empresa Norge Pharma, responsável pelo CDMIC, local onde foram encontrados os medicamentos.
Desde a descoberta dos gigantescos lotes de remédios com validade expirada no CDMIC, a democrata vem defendendo o rompimento do contrato com a empresa Norge Pharma, responsável pelo setor. Ao pontuar que além da Casa de Leis, a investigação tem sido, igualmente, realizada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), juntamente com o Ministério Público.
De acordo com a parlamentar, hoje todos os holofotes estão apontados para a investigação séria que vem sendo realizada no CDMIC e que, assim, seria desrespeitoso, frente a população, que os vereadores que lideram a Comissão, fossem parciais.
Lembrando que os elementos que compõem a fiscalização resultaram, inclusive, na segunda fase da Operação Overpriced, em 10 de Junho deste ano, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e pelo Gaeco. Após determinação da juíza da 7ª Vara Criminal da Capital, Ana Cristina Silva Mendes. Quando ainda foi determinado pela Justiça o bloqueio de R$ 2,1 milhões e duras medidas cautelares contra quatro servidores que, supostamente, estariam envolvidos com a organização criminosa que deixou que os medicamentos perdessem a validade, mesmo que as unidades de saúde da capital estivessem precisando de muitos do remédios que se encontravam no CDMIC.
A vereadora relembrou que durante o depoimento na CPI, no dia 26 de maio, o ex-secretário de Saúde, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, respondeu vagamente aos questionamentos, culpando várias pessoas. Apesar de todas as evidências apontarem para ele[Pôssas], como cabeça de uma organização criminosa que superfaturou preços e realizou compras excessivas, resultando em milhares de medicamentos vencidos.
Michelly Alencar também teceu duras críticas à Secretaria de Saúde de Cuiabá, em resposta à renovação do contrato com a empresa Norge Pharma, responsável pelo CDMIC. Ao apontar que, na época, os medicamentos eram aqueles que estariam faltando nas Unidades Básica de Saúde. Alguns, inclusive, como sedativos para pacientes intubados com covid-19, faltando nas Unidades de Terapia Intensiva, na capital.
“Nós temos uma rede de incompetência associada à corrupção. É um absurdo, mas nós percebemos que essa rede não é de hoje que ela existe. E o que mais me assustou - diante de todos estes absurdos -, foi ver a renovação do contrato, já que teria sido instaurado pela Secretaria de Saúde de Cuiabá, em outubro do ano passado, um processo administrativo para a apuração destes lotes vencidos. E este ano, após a notoriedade do caso, o contrato ainda assim foi renovado com a empresa”, ainda disse a vereadora democrata.