Luiz Alves / Prefeitura de Cuiabá
O vereador Dilemário Alencar(Pros) - que faz oposição ferrenha à administração do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro(MDB) -, na Câmara Municipal, não poupou críticas ao comandante do Alencastro, em entrevista realizada recentemente na Rádio Capital FM.
“Os empréstimos já somam, por aí, R$ 650 milhões, autorizados pela Câmara. Dentre eles um de US$ 115 milhões, mas sem contar o último de R$ 100 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.”
De acordo com o parlamentar, Pinheiro tem realizado uma gestão temerária, ao apontar uma série de empréstimos que vem contraindo, com o aval da da Casa de Leis, o que deixará, de acordo com Dilemario, a Prefeitura de Cuiabá endividada.
E ainda que teria hoje pelo menos 120 obras paradas, 80 delas na área de saúde, em Cuiabá, ao ressaltar que sua posição de votar contrariamente em boa parte dos projetos do Executivo cuiabano, se deve à elevada dívida que administração já possui junto às entidades financeiras e, em contrapartida, os levantamentos mostram um número imenso de obras paralisadas.
"Os empréstimos já somam, por aí, R$ 650 milhões, autorizados pela Câmara. Dentre eles um de US$ 115 milhões, mas sem contar o último de R$ 100 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Sob o argumento de que os recursos serão utilizados na execução de obras de asfalto em 20 bairros, por meio do Programa ‘Minha Rua Asfaltada’.
No entanto, quando ele e outros vereadores criaram uma listagem dos bairros que poderiam ser beneficiados, a planilha foi negada pelo gestor emedebista. Dando, segundo Dilemário, "um cheque em branco para o prefeito Emanuel Pinheiro utilizar como quiser deste recurso".
Outra denúncia feita pelo vereador da capital é que a prefeitura estaria descontando dos salários dos servidores, alguns valores dos empréstimos consignados, em torno comumente de R$200 mensal, sem que estes descontos em folha, no entanto, cheguem nas instituições financeiras conveniadas, como o Banco do Brasil.
"Estao descontando as parcelas dos empréstimos do servidor, mas não está repassando para o banco. Ai o cidadão vai lá para tentar renegociar o empréstimo, ou até fazer outro no Banco do Brasil e nao consegue nem renegociar. Eu tenho pedido a estes servidores que têm feito as denúncias que preciso de provas. Para levá-las, inclusive, para o Ministério Público estadual, porque isto, se estiver mesmo ocorrendo, seria apropriação indébita".
Outro lado
O site O Bom da Notícia entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Cuiabá, mas não houve ainda uma resposta, apesar da cortesia no atendimento.O espaço segue em aberto.