O governador Pedro Taques (PSDB) rebateu as críticas do ex-deputado federal Julio Campos (DEM) de que ele estaria perdendo os seus aliados políticos devido à forma com que vem administrando o Estado. O gestor tucano insinua que o Democratas nunca esteve, de fato, em seu arco de alianças.
“Não posso perder o que nunca tive”, ironizou o chefe do Executivo Estadual.
No início desta semana, o cacique democrata afirmou que Taques não valorizou os seus aliados no decorrer do seu mandato e, por isso, todos estão abandonando-o às vésperas da eleição.
Diante disso, Campos afirma que não existe a possibilidade de o DEM vir a apoiar a reeleição de Taques em outubro deste ano. Ele afirma que a aliança formada em 2014 já foi rompida, e a legenda trabalha agora com candidatura própria ao Governo do Estado.
O secretário-chefe da Casa Civil, deputado estadual Max Russi endossa o discurso de Taques. De acordo com ele, o DEM sempre teve participação efetiva no Governo.
“O presidente do Intermet é do DEM, o líder do governo era do DEM, tem mais de 100 pessoas de DEM no governo, indicações de deputados do partido. Então, se isso não é participar, não sei”, retrucou.
Russi ainda disse que espera que a legenda apoie a reeleição de Taques no pleito de outubro deste ano. “Eles foram aliados e esperamos que o DEM esteja junto conosco, mas se o DEM definir trabalhar outro projeto nós temos que respeitar. O momento de aliados ficou lá atrás, neste momento eles estão procurando outros caminhos”, disse.
No que diz respeito à saída do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) da liderança do Governo na Assembleia Legislativa, Taques afirma que não há nenhum trauma.
“Não é um distanciamento do DEM, isso já tinha sido combinado com o deputado, porque ele e um deputado da base do norte e nós precisamos de alguém mais perto. Isso já tinha sido combinado, não existe nenhum trauma”, disse o tucano.