O vereador Dilemário Alencar (PROS) elaborou Projeto de Lei para inserir no calendário oficial do município o “Dia Municipal de Conscientização e Defesa do Rio Cuiabá”. O vereador informou também que requereu a realização de uma audiência pública para debater com a população a importância da preservação do rio.
“Neste dia 22 de março, em que é comemorado o Dia Mundial da Água, é preciso fazer uma reflexão da situação que se encontra o Rio Cuiabá, que é o nosso maior patrimônio natural. O rio vem sofrendo há décadas com o despejo diário de esgoto e lixo em suas águas. É preciso urgentemente debatermos essa situação degradante para buscar soluções urgentes para salvar nosso rio”, disse Dilemário.
O parlamentar destaca que é importante o debate aprofundado sobre a relevância do Rio Cuiabá, de valor incalculável para a Capital, pela água que fornece à cidade. Pois, trata-se de um recurso natural que precisa de ações institucionais conjuntas de conservação. Ele diz que o rio passa por 11 cidades da região metropolitana e outros municípios. E é a principal fonte de abastecimento de Cuiabá e formador da Bacia do Alto Paraguai, que deságua no Pantanal, bioma das Américas imprescindível para a vida.
O vereador diz que sua iniciativa de propor a realização da audiência pública e criar em lei o Dia Municipal do Rio Cuiabá são iniciativas com vistas de levantar a necessidade de conscientização que é imperioso reduzir a degradação em que se encontra o rio, o que envolve ações de preservação ambiental propriamente dele e dos seus afluentes. Ou seja, proteger as nascentes e córregos e demais recursos hídricos.
“É uma triste degradação da fonte de vida que é o Rio Cuiabá. Há contaminação nele com inúmeros poluentes, resultado de atividades humanas inadequadas. O Rio Cuiabá recebe 70% do esgoto ‘in natura’ da população e de milhares de toneladas de lixo”, lamenta Dilemário.
Ele alerta que estudos têm demonstrado que o lixo da rua vai para o rio e depois é transportado para o Pantanal e se acumula lá anos após anos na época de chuva.
“A ocupação desordenada do solo urbano na Capital e Várzea Grande nos últimos 40 anos produziu a degradação dos córregos, do leito e das proximidades das margens do rio Cuiabá. São necessárias ações para proteger o rio. Por isso, apresentei o Projeto de Lei e a audiência pública”.
Outro agravante, afirma Dilemário, é que há 20 anos não se faz investimento no esgotamento sanitário no município, o que pressiona ainda mais a degradação, coleta e tratamento da água e do esgoto e impede melhorias em si no rio Cuiabá.
“A audiência pública é importante porque buscará soluções com a sociedade civil organizada e cidadãos comuns para minimizar e diminuir o impacto da destruição do rio. Temos que evitar que o rio Cuiabá se transforme em um esgoto a céu aberto, como os rios Tietê e Pinheiros, em São Paulo”, alerta.