Depois de ver negado seu pedido para a suspensão da eleição suplementar para o Senado, no dia 26 de abril, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) ganhou um reforço ao seu posicionamento, o do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O ministro se reúne nesta segunda-feira (16), com os ministros do Supremo Tribunal Federal, e terá como agenda principal a suspensão do pleito em Mato Grosso. Obviamente, não pelo primeiro argumento do governo, quanto à economicidade, mas por conta da pandemia do coronavírus. A informação é da coluna Painel, da Folha de São Paulo.
No dia 4 de março, o governador democrata Mauro Mendes, por meio de pedido administrativo, buscou avaliação da presidência do Tribunal Regional Eleitoral, para o adiamento das eleições.
No dia 4 de março, o governador democrata Mauro Mendes, por meio de pedido administrativo, buscou avaliação da presidência do Tribunal Regional Eleitoral, para o adiamento das eleições, agora em abril, para 4 de outubro, quando já ocorrem as eleições municipais no país. E, assim, que a realização dos dois pleitos - ao Senado e para vereadores e prefeitos -, dariam fôlego aos cofres do Estado.
Assim, de acordo com o requerimento governamental, a eleição traria custos muito altos para os cofres públicos. Uma vez que a Justiça Eleitoral prevê gastos em torno de R$ 8 milhões com a eleição ao Senado.
O chefe do Executivo estadual também usou em suas justificativa para o adiamento, os perigos do coronavírus, e isto muito antes da Organização Mundial de Saúde decreta-la como pandemia. Ao mencionar as orientações dos órgãos federais que têm pedido que a população evite aglomerações como forma de evitar a disseminação do novo coronavírus, chamado Covid-19, que pode ter a contaminação potencializada, devido aos números de eleitores dentros dos locais de votação e em seu entorno.
A eleição será realizada com o intuito de preencher a vaga aberta com a cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos), em 10 de dezembro do ano passado, pelo Tribunal Superior Eleitoral, por abuso de poder econômico e caixa dois na campanha eleitoral de 2018.
No mesmo dia em que o governador Mauro Mendes enviou ao presidente do TRE, o procedimento administrativo, seu secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, na condição de porta voz do governo, realizou uma coletiva de imprensa. Lembrando, em conversa com jornalistas, que o pedido teria sido realizado, principalmente, sob o olhar da economicidade, sem descartar, contudo, o coronavírus.
Frisando que o gestor estadual pegou um Estado com caixa no vermelho e com enorme contas a serem pagas aos servidores e fornecedores. Além da falta de recursos financeiros frentes às necessidades de investimento nos mais variados setores. E que apesar das contas estarem sendo reequilibradas, toda a gestão do governador democrata, deverá ser marcada, nos quatro anos, pela economicidade.
Carvalho ainda pontuou que, paralelamente, a sociedade não estaria também disposta a fazer um investimento alto agora em abril se haverá um outro pleito em outubro. Fazendo questão de ressaltar que não há uma vaga aberta para o Senado, mas um rito no Senado Federal que deverá ser cumprido e que precisa ser respeitado.
O pedido ao TSE que foi, naquela ocasião, negado ao Estado, pode agora ser revisto em uma outra instância, após a sensível piora do quadro do coronavírus no Brasil e, claro, pela importância do pedido de um ministro da Saúde.
Em um momento, inclusive, em que várias instituições e órgãos já estudam fecharem as portas, temporariamente, como forma de evitar a disseminação da doença. O coronavírus é conhecido pela sua baixa letalidade, em contrapartida, perigoso pela rapidez e facilidade no seu contágio. Em um país que possui dificuldades estruturais na área de saúde. (Com informações da Coluna Painel da Folha de SP)
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