Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (DEM), criticou nesta quinta-feira (18) - em conversa com jornalistas, nos corredores do Palácio Paiaguás -, alguns deputados estaduais que têm afirmado que os gestores das pastas estariam se beneficiando dos cargos de forma política. Os parlamentares chegaram a fechar um acordo com o governador Mauro Mendes (DEM) de que os membros do staff deveriam deixar os cargos até dezembro.
“Existe uma legislação eleitoral que determina que o gestor deve se afastar independente da função, 6 meses antes. Entendo que se tem uma lei que vale para o Brasil inteiro, tem que valer para Mato Grosso também, até porque eu sei que não tem deputado que vai deixar o seu cargo antecipadamente para fazer campanha”, criticou.
A reclamação nos últimos meses se dá pelo fato de que mais de 60% das emendas impositivas apresentadas ao orçamento estadual pelos deputados não foram aplicadas
A reclamação nos últimos meses se dá pelo fato de que mais de 60% das emendas impositivas apresentadas ao orçamento estadual pelos deputados não foram aplicadas. Para os deputados, estaria havendo um “boicote” por parte dos secretários que buscam um cargo eletivo na próxima eleição, para desfavorecer os parlamentares autores das emendas. Figueiredo não nega que tem a intenção de ser candidato a deputado estadual no próximo ano e ressalta que não usa a secretaria de forma política.
“Quando viajo a serviço esqueço de política, sou um profissional muito técnico, mas como já é de domínio público tenho a intenção de me candidatar e vou seguir o que o governador decidir. No dia que ele quiser que saia eu acato. Se eu não estiver na secretaria, estou livre para viajar e buscar apoio. Como secretário, a demanda no Estado é muito grande. A decisão que ele tomar vai ser bem recebida”, pontuou.
Ao menos quatro nomes, dos secretários de Saúde, Gilberto Figueiredo, de Cultura, Esportes e Lazer, Alberto Machado, o Beto Dois a Um, ambos do DEM, de Agricultura Familiar, Silvano do Amaral (MDB) e do presidente do MT PAR, Wener Santos (PP) são citados para a disputa eleitoral de 2022.
Gilberto chegou a ensaiar disputar a Prefeitura de Cuiabá no pleito de 2020, mas diante da pandemia de covid, decidiu continuar na pasta da Saúde. Tanto ele quanto Beto 2 a 1 são aliados de primeira hora do governador e devem tentar cargos na Assembleia ou Câmara Federal.
Silvano do Amaral, que também é suplente de deputado estadual, deve tentar novamente vaga na AL. Já Wener, irmão do ex-senador Cidinho Santos (PSL) deve ser candidato a deputado federal.