A Polícia Federal prendeu durante operação nesta quarta-feira (30), seis alvos que integraram a alta gestão da Unimed Cuiabá, por conta de um suposto esquema que teria maquiado os balanços financeiros da empresa para esconder um rombo de R$ 400 milhões.
Os presos são: ex-presidente do Conselho de Administração; ex-CEO, ex-diretora financeira, ex-assessora jurídica, ex-superindente financeira e ex-chefe do Núcleo de Monitoramento de Normas.
Conforme o MPF, a operação é resultado de um acordo de leniência firmado com a Unimed, que previu que a empresa não seria processada em troca das informações sobre os investigados e do pagamento de uma multa de mais de R$ 400 mil.
Segundo a investigação, o ex-presidente e sua diretoria apresentaram um balanço financeiro aos médicos que são cooperados à Unimed Cuiabá informando um saldo positivo, mas após a derrota dele na eleição pela presidência da empresa, descobriu-se que as contas da cooperativa vinham sendo maquiadas para enganar os sócios.
As irregularidades apontadas pela auditoria contratada evidenciaram uma administração incorreta, que comprometeu a saúde financeira da Unimed Cuiabá. Dentre pontos críticos estavam a construção de dois empreendimentos - a sede do hospital próprio e um espaço de cuidados terapêuticos - que custaram R$ 95 milhões e não foram entregues em sua totalidade.
A operação, batizada de ‘Bilanz’ — uma referência ao termo em inglês para balanço patrimonial —, remete às supostas fraudes contábeis que a administração da cooperativa teria cometido, inclusive ao apresentar documentos com inconsistências graves à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).