Terça-feira, 11 de Março de 2025

POLÍCIA Quinta-feira, 06 de Março de 2025, 12:28 - A | A

Quinta-feira, 06 de Março de 2025, 12h:28 - A | A

OFFICE CRIMES - A OUTRA FACE

Caseiro é preso como autor do homicídio do advogado e ex-presidente da OAB Renato Nery

Redação do O Bom da Notícia

A Polícia Civil concluiu que o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva foi o responsável pelos disparos que resultaram na morte do advogado Renato Nery, no dia 5 de julho de 2023. Silva foi preso na quarta-feira (5), na chácara onde trabalhava, localizada em Capão Grande, Várzea Grande. O crime, que chocou a cidade, foi cometido em plena luz do dia, em frente ao escritório de Nery, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.

A prisão de Silva foi realizada durante a Operação Office Crimes - A Outra Face, deflagrada pela Polícia Civil, que também apreendeu a arma utilizada no assassinato e a motocicleta usada na fuga do criminoso. A investigação apurou que Silva trabalhava como caseiro para o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que teve a prisão decretada, mas permanece foragido.

Em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (6), os delegados Bruno Abreu e Rodrigo Azem informaram que a operação resultou no cumprimento de seis mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão. Dentre os presos, estão cinco policiais militares da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), sendo que um deles continua foragido. A Polícia Civil também está investigando a possível participação de outros membros da força policial no crime.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que Nery foi baleado. Nas imagens, é possível ver um homem esperando o advogado, que, ao ser atingido, cai no chão. O advogado foi rapidamente socorrido e submetido a cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.

A principal motivação do homicídio, segundo a polícia, está relacionada a uma disputa de terras, e as investigações indicam o envolvimento de membros da Polícia Militar. Entre os suspeitos presos, está o ex-segurança da primeira-dama de Mato Grosso, além de outros quatro policiais militares e o suspeito apontado como executor do crime.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue investigando o caso e, em novembro de 2024, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de investigados em Cuiabá e Primavera do Leste. As diligências têm como objetivo reunir mais provas para comprovar a participação dos envolvidos nos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa.