O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, em entrevista após participar de um evento no Rio, que não fala mais sobre PSL, partido pelo qual se elegeu e do qual se desfilou para formar um novo partido, o Aliança pelo Brasil. A declaração foi dada quando o presidente foi questionado sobre reportagem do jornal O Globo que mostrou que, após sua saída da sigla, a cúpula do PSL abriu as portas para governador do Rio, Wilson Witzel, com quem Bolsonaro tem tido desentendimentos.
Leia também: Número do Aliança pelo Brasil é por Bolsonaro ser o 38º presidente, diz Flávio
"Não falo mais do PSL , estou sem partido no momento", afirmou o presidente.
Enquanto vê o presidente se distanciar do governador, o prefeito do Rio Marcelo Crivella (PRB) faz um movimento inverso e tenta se aproximar de Bolsonaro. Crivella já ofereceu ao presidente o apoio da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual é bispo licenciado, para ajudar no recolhimento das 500 mil assinaturas necessárias para a fundação de um novo partido. Com o gesto, o prefeito espera receber apoio para sua reeleição. Ele estava presente no evento deste sábado ao lado de Bolsonaro.
Investigação contra Flávio
O presidente também foi questionado sobre o novo procedimento específico aberto pelo Ministério Público do Rio para investigar as denúncias de uso de funcionários fantasmas no antigo gabinete de seu filho mais velho, Flávio Bolsonaro , na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O novo procedimento tramita em segredo de Justiça e foi instaurado em setembro sem relação com o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. "Pergunta para quem está investigando", retrucou o presidente.
Fonte: IG Política