Com a saída da ex-juíza Selma se abre uma lacuna para representatividade política do Mato Grosso no Senado, e a corrida dos partidos e lideranças para indicar um nome já começa acelerada. Mas diante do que tem passado o país é hora de dar prioridade não ao perfil, mas ao grau de experiência em gestão e pautas que candidato defende.
A velha balela populista que haverá salvador que irá defender os pobres e oprimidos ainda deverá permear o discurso de muitos. Como se apenas boas intenções no jogo intenso e maquiavélico do Congresso Nacional pudesse fazer a diferença.
Os candidatos de segmentos de cunho social e produtivos como agro e claro políticos de carreira usam o momento frágil, que a saída precoce de Selma Arruda provocou, para apontar soluções e virtudes inegociáveis no trato político, em tese. Mas o que o cidadão busca hoje? Esta semana houve um indicativo importante sobre a real necessidade, da nossa população: “vagas de emprego” foi o quarto assunto mais procurado no Google em 2019. Isso é um indicativo do quanto o brasileiro está em busca de trabalho.
Temos a oportunidade ímpar de eleger o senador que tem por obrigação incentivar liberdade econômica para o cidadão. Que incentive o empreendedorismo, que busque a desburocratização, que facilite e proponha medidas mais liberais e que vise à geração de emprego e renda.
Para isso a pauta buscada tem que ser comprometida com a reforma administrativa, tributária e do pacto federativo. Além disso, a tão sonhada reforma política é necessária para que sejam retirados privilégios de políticos e partidos. E claro as pautas anti-corrupção como prisão em segunda instância, Lava Toga e continuidade da Lava Jato.
O perfil tem que ser de alguém pragmático, comprometido com ideologia do desenvolvimento e não da polarização. A lenta máquina do executivo é refém de um congresso que apenas “parla e protela” e quer fazer média e mídia. Este “politicamente correto” travestido de “fazer política” atrasa o país.
Portanto é preciso muita atenção neste momento importante da eleição de um novo senador pra Mato Grosso. O eleitor tem que sim ser responsabilizado por sua escolha. E tem obrigação de acompanhar o mandato. É a capacidade técnica de negociação, entrosamento e de “construir pontes” que deve ser levada em consideração pelo eleitor. Sem demagogia.
Junior Macagnam é empreendedor, liberal e presidente do Sincalco