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AGRO & ECONOMIA Domingo, 15 de Dezembro de 2019, 16:10 - A | A

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WhatsApp: saiba como evitar golpes e desinformação

IG Economia

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Whatsapp é o app mais utilizado pelos brasileiros, diz pesquisa

O WhatsApp , segundo pesquisa realizada pela Câmara dos Deputados e Senado, é a principal fonte de informação dos entrevistados: 79% disseram receber notícias sempre pela rede social, que tem mais de 136 milhões de usuários no Brasil. Mas em era de ampla conectividade, a ferramenta, que poderia ser uma poderosa aliada, acaba virando isca para atrair os mais inocentes, dar golpe em lojistas, e espalhar vírus, além de disseminar informações falsas.

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Para se ter uma ideia, mais de R$ 500 milhões em fraudes foram evitadas no ecommerce no terceiro trimestre, segundo levantamento da ClearSale, companhia de segurança cibernética. Segundo a companhia, o tipo de fraude mais comum é usar dados de cartão de crédito de terceiros, sem que a pessoa saiba, o famoso roubo de dados. "Os celulares são os itens mais visados, pois são mais fáceis de serem revendidos", informa a ClearSale.

E como não ter os dados roubados ? "É importante que o comprador verifique a procedência do site, desconfiar de grandes descontos para o pagamento em boleto e checar se o site é seguro e priorizar a compra por cartão de crédito, pois em caso de fraude é possível solicitar o estorno junto à operadora financeira", aponta Omar Jarouche, diretor de Soluções da ClearSale. E acrescenta: "Quando o pagamento é feito via boleto ou transferência, dificilmente o comprador conseguirá reaver o dinheiro pago".

Lojistas 'levam o cano'

E as fraudes não se limitam ao consumidor, o lojista também acaba sendo vítima desse tipo de golpe. No caso de fraudes no comércio eletrônico (e-commerce), o prejuízo, quando é feita uma compra fraudulenta via cartão de crédito clonado, é do lojista. Então, é importante que a empresa tenha uma operação antifraudes, para evitar prejuízos. Isso porque o consumidor ao identificar uma compra não autorizada faz o estorno do valor e quem fica no prejuízo é o lojista.

Com o crescimento das atividades online, há também uma atenção maior das empresas para evitar que as fraudes ocorram. Levantamento realizado pela ClearSale aponta que R$ 500.939.672,12 em fraudes foram evitadas entre julho e setembro deste ano, 83% a mais do que o mesmo período de 2018, quando foram registradas mais de R$ 274 milhões. Para o levantamento foram analisados mais de R$ 4 bilhões em compras pela internet.

Na comparação por regiões, o Sudeste figura como a região com o maior valor de fraudes evitadas, 55%, e mais de R$ 92 milhões, seguido do Nordeste, 23%, Centro-Oeste e Sul, com 9% cada, e Norte, 5%. O levantamento analisou as compras realizadas pela internet, pagas com cartão de crédito e com valor máximo de R$ 100 mil, nos meses de julho, agosto e setembro de 2018 e 2019.

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"Atualizamos e ajustamos constantemente nossos modelos de análises antifraude, tanto com a utilização de novas tecnologias, como o uso de novos elementos de inteligência de estatística. Isso possibilita aprimorarmos o perfil de comportamento de compras dos clientes e a identificarmos vulnerabilidades nos processos de compras", explica Omar Jarouche.

Objetos de desejo

A compra de celulares concentra o maior registro de tentativa de fraude, com 9,61%%, seguido por games, 6,36%, bebidas, 5,10%, eletrônicos, 4,66% e Itens de informática, 4,29%. Os produtos mais visados são aqueles com maior facilidade de serem repassados ao mercado paralelo, como os smartphones, categoria que conta com lançamentos constantemente e alta demanda dos consumidores.

"Para evitar que fraudes ocorram, é importante sempre manter boas práticas na internet e um olhar vigilante, como o uso de senhas fortes, checar a procedência de e-mails e de mensagens recebidas no celular", destaca Jarouche.

Para não ser vítima de fraudes, o consumidor deve evitar realizar compras em sites suspeitos, e preferir o cartão de crédito como forma de pagamento. Ao optar por esse método em vez do boleto ou transferência bancária, o cliente consegue contestar a cobrança junto ao banco, o que não é possível com os outros métodos.



Fonte: IG Economia