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POLÍTICA Sexta-feira, 12 de Abril de 2024, 09:29 - A | A

Sexta-feira, 12 de Abril de 2024, 09h:29 - A | A

PROCESSANTE REJEITADA

Vereadores criticam 'vitimismo' de Edna Sampaio e rejeitam abertura de Comissão contra Chico 2000

Evelyn Siqueira/ O Bom da Notícia

Nesta quinta-feira (11), durante a votação da Comissão Processante contra o presidente da Câmara Municipal, Chico 2000 (PL), por quebra de decoro parlamentar, o vereador Dr. Luiz Fernando (UB) acusou a colega de parlamento, Edna Sampaio (PT), de se vitimizar para sensibilizar a mídia.

A Processante foi rejeitada por maioria absoluta, com 22 votos contra um e duas ausências, uma justificada.

Segundo Luiz Fernando, o parlamento cuiabano tem diversas pautas ‘para se debruçar’. Inclusive, mais relevante do que este ‘teatro vitimista’ de violência política de gênero.

“Tive toda atenção de ler o requerimento da Processante por quebra decoro parlamentar. Quero dizer que o meu voto é ao contrário e dizer que todo momento a vereadora Edna Sampaio se vitimiza dentro dessa casa, e sempre que levamos para o âmbito pessoal fica desagradável, então acho que devemos sair um pouco desse cenário de mídia e vitimismo, e cair na realidade, pois essa casa é séria e comprometida cada um chegou aqui com muito esforço e luta […] existem tantos projetos de lei em situações como na saúde na educação, pautas que realmente precisamos debruçar, mas não pauta como essas que vem mais uma vez se vitimizar dentro deste parlamento”, disse durante a justificativa de voto.

Já a vereadora Michelly Alencar(União) acabou - por conta de sua justificativa em plenário -, sendo bastante inusitada, até criticada na mídia, ao votar contra a abertura da Comissão Processante. Ao afirmar que também já teria sido vítima de violência política por sua ‘branquitude’. Ao se contrapor às justificativas da vereadora petista que vem apontando além de violência política de gênero, igualmente, perseguição por preconceitto à sua cor.

“É muito interessante quando a gente vê manifestações de outras mulheres neste caso. É interessante por quê? Porque, assim conseguimos ver qual é a base do respeito que estamos reivindicando aqui. É o respeito da política que resguarda o direito da mulher no parlamento, é a política que diz não a violência de gênero?. E quantas vezes eu fui vítima por ser branca, por ser contra alguns posicionamentos e tive que escutar: ela não entende, ela é branca! Ela vai votar contra a vereadora porque a vereadora é negra! Então eu quero definir o meu direito ao voto e posicionamento, porque quando escuto uma defesa que diz estou sendo agressiva, mas sou contra violência, isso não tem conexão”, pontuou.

Entenda

A votação se encerrou com o voto favorável apenas da vereadora petista em favor da abertura da Comissão, contra 22 votos que optaram pela implosão da Processante.

O pedido de abertura da Comissão foi protocolado na terça-feira (9) por Simone de Siqueira Lemes, uma munícipe. Munidas de uma petição coletiva, com mais de 100 assinaturas de mulheres endossando o pedido. A ação foi formalmente recebida pelo vice-presidente da Câmara, Rodrigo Arruda e Sá e na sequência lido em plenário.

O requerimento protocolado por Simone de Siqueira foi arquivado pela Câmara Municipal.