Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

BRASIL & MUNDO Domingo, 17 de Fevereiro de 2019, 10:13 - A | A

Domingo, 17 de Fevereiro de 2019, 10h:13 - A | A

PETISTA

Deputada de MT critica ‘arapongagem’ no governo Bolsonaro e pede respeito a igreja católica

A deputada federal Rosa Neide (PT) publicou um vídeo em suas redes sociais criticando duramente o Governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pela notícias de que o Palácio do Planalto estaria ‘espionando’ setores da igreja católica, que tem discutido recentemente a situação da Amazônia e temas considerados como uma ‘agenda de esquerda”.

 

No vídeo, a parlamentar diz que o país está retornando aos ‘tempos sombrios’, com ‘arapongagem’ e falta de liberdade a organizações religiosas.

“Estou perplexa com as notícias em relação a espionagem, arapongagem que o Governo Federal está fazendo com a CNBB. O próprio Governo Federal, através do ministro dizer que está ouvindo o que os bispos e padres estão discutindo em relação a preservação da Amazônia, direitos dos povos indígenas, direitos dos povos quilombolas. Temos tempos sombrios de novo em nosso país e não podemos ter paz. A igreja que tem total liberdade de ser construída na democracia não é mais respeitada?”, questionou.

A petista ainda diz que as organizações religiosas devem ser respeitadas e repudia a ação. “Independente da organização religiosa, queremos respeito, conforme prevê a Constituição, que todos e todas tem direito culto, idéias e divergência. Neste sentido vamos dizer não sempre, a quem cometer crimes de araponggem, que tira o direito do cidadão brasileiro de viver em paz”.

Desde janeiro, está sendo realizado no Vaticano, um encontro para discutir a realidade de índios, ribeirinhos e outros povos que vivem na Amazônia, mudanças climáticas, conflitos de terra e políticas de desenvolvimento dos governos na região.

Com base em documentos que circularam no Planalto, militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) avaliaram que os setores da Igreja aliados a movimentos sociais e partidos de esquerda, integrantes do chamado “clero progressista”, pretenderiam aproveitar o encontro para criticar o governo Bolsonaro e obter impacto internacional, informou o jornal paulista Estadão.