Nesta quinta-feira (10), durante sessão na Câmara Municipal de Cuiabá, a vereadora Maysa Leão (Republicanos) fez um apelo direto ao prefeito Abílio Brunini (PL) e aos demais parlamentares para que seja pautada com urgência a aprovação do PDAU – Plano Diretor de Arborização Urbana, elaborado por técnicos, com análises da UFRJ e da UFMT e concluído em abril de 2023. A parlamentar também destacou a necessidade de atualização do Plano Diretor da capital, defasado desde 2007.
“Eu fiz um pedido ontem ao prefeito Abílio e venho reforçar neste plenário: precisamos aprovar o PDAU. Este plano é fruto de um estudo técnico qualificado e é essencial para a recuperação ambiental de Cuiabá”, afirmou Maysa.
O PDAU vem sendo defendido pelo projeto Cuiabá Mais Verde e foi desenvolvido com base em diagnósticos ambientais detalhados, apontando a arborização e o uso adequado do solo como medida estratégica para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na capital mato-grossense.
A vereadora relembrou as cenas vividas por ela e pela população durante o período das secas, marcado por temperaturas extremas e fumaça intensa.
“Estivemos nas ruas, em agosto e setembro, sob calor de 48°C e fumaça sufocante. Crianças e idosos adoeceram, a vida se tornando inviável. Precisamos de políticas estruturantes de curto, médio e longo prazo. A aprovação do PDAU é um passo decisivo nesse caminho”, destacou.
Além do PDAU, Maysa também pediu urgência na revisão do Plano Diretor de Cuiabá, instrumento obrigatório previsto pelo Estatuto da Cidade desde 2001. O atual plano está 18 anos defasado.
“Nosso Plano Diretor é de 2007. Estamos em 2025. A falta de atualização tem consequências graves, como o adensamento equivocado, investimentos desconectados, abandono do centro histórico e aumento da criminalidade e da ocupação desordenada”, criticou. “Onde o planejamento não ocupa, o abandono toma conta. Isso impacta diretamente na vida das pessoas e na economia local”, completou.
Maysa ainda reforçou que o enfrentamento das crises ambientais e urbanas só será possível com planejamento estruturado:
“Não existe Cuiabá do futuro sem Plano Diretor. Não existe combate à desigualdade, defesa por transporte eficiente, nem proteção ambiental sem ele. Não há recuperação dos rios e córregos sem um plano que pense a cidade como um todo”.
Ela concluiu com um chamado à responsabilidade coletiva: “Temos mais de 800 páginas de um Plano Diretor pronto para ser lido, debatido, modificado e, enfim, aprovado. É hora de pegar o leme deste grande navio e conduzir Cuiabá rumo ao futuro. A cidade precisa de ordem, de estrutura e de respeito à vida das pessoas”.