O prefeito reeleito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não 'vê com bons olhos' a mudança do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT), anunciado nesta nesta segunda-feira (21), pelo governador democrata Mauro Mendes. A mudança pelo BRT custará R$ 430 milhões aos cofres públicos.
Conforme noticiou O Bom da Notícia, neste início de semana, o gestor estadual tomou a decisão com base em estudos técnicos que apontaram a maior viabilidade do BRT, ao apontar que além da economicidade até a tarifa da passagem deste novo tipo de modal seria mais barata, R$ 3,04. Caso fosse mantido o VLT, o estudo apontou um valor de R$ 5,28.
“Por uma questão técnica, econômica de curto, médio e longo prazo, a melhor solução para dar um fim neste pesadelo é a mudança de modal, de VLT para BRT e iniciar imediatamente as ações para que possamos acabar com essa obra parada e dar uma solução definitiva para mobilidade urbana de Cuiabá”, disse o governador.
Mendes ainda lembrou que o VLT possui 8 ações na justiça, incluindo a que garantiu a rescisão contratual ainda no governo Pedro Taques, após a Operação Descarrilho da Polícia Federal, que descobriu o esquema do pagamento de propina das empresas ao ex-governador Silval Barbosa. Segundo o governo o Consórcio VLT recorreu da decisão e perdeu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ou seja, a decisão já transitou em julgado.
Apesar disso, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), que se recusou a se reunir com o governador alegando choque de agenda, disse que estudará o documento para opinar sobre o assunto. Emanuel criticou o fato do governador ter tomado a decisão sozinho, sem a participação das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande.
“Deveria ter reunido as duas cidades e a bancada federal, para depois tomar a decisão em conjunto. Agora, só fazer uma reunião e comunicar a decisão, não foi legal”, completa.
Em conversa com jornalistas nesta terça-feira (22), o prefeito emedebista ainda frisou que a maneira como o governador decidiu a mudança mostrou 'falta de respeito com Cuiabá e Várzea Grande'. Ainda revelando que Mendes deveria ter ouvido a população, as prefeituras e a bancada federal.
A prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), que chegou a se reunir com o governador antes do anúncio, lembrou que a paralisação das obras do VLT causaram prejuízos irreparáveis para Mato Grosso, Várzea Grande e Cuiabá. Apesar disso, ela disse mensurar o benefício que a população que utiliza do transporte em massa e que será beneficiada com a solução deste impasse jurídico.