Nataly Helen Martins Pereira, 25, presa acusada de matar a menor Emilly Azevedo Sena, 16, afirmou que agiu sozinha e premeditou o crime por dias. “Eu queria ficar com o bebê para mim”, disse em depoimento à polícia após ser detida na noite de quarta-feira (12).
Nataly contou que esteve grávida, mas perdeu o bebê há seis meses e não contou a ninguém. Ela buscava mulheres dispostas a doar a criança e viu em Emilly a oportunidade de ter outro filho. Ela já tem três filhos.
A mulher relatou que conheceu Emilly em um grupo de mães e, após algumas conversas, marcaram um encontro na casa do irmão, em Cuiabá. Nataly, já sabendo que a menor iria até sua casa, cavou a cova no dia anterior. “Nós combinados várias vezes de nós encontrarmos, mas nunca deu certo. Ela chegou lá de moto de aplicativo”, detalhou.
Em outro trecho, Nataly afirmou que pensou em desistir, mas não soube como explicar o buraco. “Virou uma bola de neve e eu fiz”, afirmou. Antes do ataque, as duas conversaram por cerca de 40 minutos. Nataly ofereceu água e refrigerante, e, enquanto Emilly estava distraída olhando roupas doadas, a atacou com um fio de telefone e a enforcou.
O caso
Emilly saiu de casa no final da manhã, no bairro Eldorado, em Várzea Grande, e avisou a família que iria até Cuiabá buscar doações de roupas. Mais tarde, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, dizendo ser sua filha e que havia dado à luz em casa. Após exames, a médica confirmou que a mulher nunca esteve grávida. Ela alegou ter dado à luz em casa, mas a criança estava limpa, sem sangramento, e exames ginecológicos e de sangue mostraram que a mulher não tinha parido recentemente, nem tinha leite para amamentar a bebê.