Madrasta acusada de torturar e matar a enteada de 11 anos envenenada será levada à júri popular. Sentença de pronúncia contra Jaira Gonçalves de Arruda, 43, por crime de tortura e homicídio qualificado, é o primeiro passo que deve levá-la para o banco dos réus.
O processo corre em segredo de Justiça, na 14ª Vara Criminal de Cuiabá. A decisão desta semana renova a confiança da família da vítima, Mirella Poliana Chuê de Oliveira, por justiça. Jaira está presa desde 9 de setembro de 2019. Segundo o advogado assistente de acusação, Luciano Augusto Neves, apesar dos prejuízos decorrentes da pandemia, pela suspensão das atividades, o processo transcorreu de forma célere.
Acredita que mesmo havendo prazo para recurso por parte da defesa da acusada, ela deve sentar no banco dos réus até o final do próximo ano para ser julgada por representantes do povo, membros do tribunal do júri. Acredita na condenação pelos crimes, já que as provas da autoria são robustas.
Desde sua prisão e em juízo, Jaira sempre se manteve calada. Denunciada por envenenar lentamente até matar a enteada de 11 anos de idade, foi indiciada por homicídio duplamente qualificado, praticado por motivo torpe.
A vítima foi submetida a 10 internações hospitalares, que antecederam sua morte, ocorrida na tarde do dia 13 de junho, quando chegou morta a ao hospital da Capital. Investigação mostra que Mirella foi morta pela madrasta que queria se apoderar de todos os bens da menina, incluindo os R$ 800 mil da ação indenizatória que ela recebera pela morte da mãe, logo após o parto. A ambição pode ter levado Jaira a envenenar o sogro, avô paterno de Mirella.
Para Claudina Chuê, avó de Mirella, este é mais um passo na busca pela punição da mulher que cometeu o crime bárbaro. Assegura que não vai descansar até que Jaira seja condenada. (Com informações de Silvana Ribas)