Domingo, 07 de Setembro de 2025

POLÍCIA Terça-feira, 06 de Outubro de 2020, 08:36 - A | A

Terça-feira, 06 de Outubro de 2020, 08h:36 - A | A

OPERAÇÃO OVERLOAD-PANTANEIRA

Empresário e filho de fazendeiro são acusados de envolvimento com o tráfico internacional de drogas

O Bom da Notícia

Empresário Igor Chaves Jorge foi preso na manhã de hoje pela Polícia Federal no Edifício Villaggio Bonifácia, na região do bairro Santa Marta, em Cuiabá, durante a "Operação Overload - Conexão Pantaneira" que desmantelou um esquema de tráfico internacional de drogas no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Os policiais encontraram o acusado no 8º andar do prédio dormindo com a namorada.

O outro alvo da operação é o empresário Marcos da Silva Scaranaro, ex-dono de uma empresa de picolés mexicanos, que acabou sendo preso no condomínio Chapada Diamantina no bairro Dom Aquino, também em Cuiabá. Igor e Marcos também teriam sido sócios no mesmo empreendimento.

 

Igor Chaves é filho de um fazendeiro com propriedade na região do Pantanal de Mato Grosso. Ontem, ele comemorou seu aniversário.

Uma confraternização foi realizada no apartamento de classe média. Hoje pela manhã, foi detido.

As investigações da PF mostram que Igor vinha ostentando em viagens internacionais e restaurantes de alto valor nas redes sociais. Após a operação de hoje, o suspeito e familiares teriam apagado contas nas redes sociais.

A Operação Overload, deflagrada em Campinas, iniciou as investigações após apreensão de 58 quilos de cocaína na área restrita de segurança do terminal aeroportuário em fevereiro de 2019. A quadrilha está envolvida com o tráfico de cocaína exportada para a Europa.

No total, são 79 mandados, sendo 44 de busca e apreensão e 35 de prisão temporária. Além de São Paulo e Mato Grosso, os agentes estão no Amazonas e no Rio Grande do Norte. 

A quadrilha é composta por brasileiros, que são fornecedores da cocaína e financiadores do esquema. Também foram identificados os responsáveis pelo aliciamento de funcionários do aeroporto, que são empregados e ex-empregados de empresas que prestam serviços na área restrita de segurança do Viracopos.

Entre os funcionários, estão vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampa, operadores de equipamentos e funcionários de empresas de refeição, além de tripulantes e passageiros. Um policial civil e outro militar estão entre os membros da quadrilha. 

Foi determinado ainda o bloqueio de bens e apreensão de imóveis, carros, contas bancárias e empresas. Desde que as investigações começaram, já foram apreendidos 250 quilos de cocaína pertencentes ao grupo.