Devem voltar à Mato Grosso nesta próxima quinta-feira (18), os 130 policiais que participaram da Operação 'Canguçu' no Estado de Tocantins, contra o bando fortemente armado que aterrorizou moradores de Confresa(município distante 1.049 km de Cuiabá), no dia 9 de abril.
Com um saldo de 18 mortos e cinco presos - dois detidos na região de busca e outros três no apoio a quadrilha -, os policiais militares devem colocar fim à caçada após 39 dias das operações com a participação de PMs de Mato Grosso, Maranhão, Pernambuco, Goiás e Pará, compondo a maior caçada a criminosos no país e, igualmente, a formação da maior força-tarefa brasileira com quase 400 agentes.
Com o fim dos trabalhos operacionais, os militares regressam para suas respectivas cidades.
As informações sobre a volta dos policiais foram divulgadas nesta quarta-feira(17) pelo site Araguaia Notícia com Rádio Top FM 90,3. Inclusive, sobre a recepção que está sendo preparada para os integrantes da força de segurança mato-grossense, em Confresa. Com atos na praça do estádio Camilão.
Ainda de acordo com as informações dos veículos de comunicação, o Conselho de Segurança juntamente com a Prefeitura e Câmara Municipal da cidade se uniram para realizar um grande chamamento da população para a volta dos militares, que serão homenageados pelo trabalho desempenhado nessa caçada que envolveu cinco estados e centenas de agentes de segurança.
Até agora foram apreendidas 18 armas, dentre elas dois fuzis .50 e 11 AK-47, carregadores, milhares de munições, coletes balísticos, capacetes balísticos, materiais explosivos e detonadores, além de coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras, balaclavas e mochilas. Após o ataque em Confresa, no dia 9 de abril, os criminosos fugiram para Tocantins pelos rios Araguaia e Javaés.
Entenda
No início de abril, bando fortemente armado aterrorizou moradores de Confresa durante assalto à empresa Brinks. O município tem pouco mais de 30 mil habitantes.
No ataque - conhecido como 'novo cangaço' -, os assaltantes exibiram fuzis pelas ruas da cidade, realizando inúmeros disparos para cima, invadiram um quartel da Polícia Militar e a sede do Corpo de Bombeiros, queimaram veículos e derrubaram o muro da empresa de valores Brinks.
De acordo com testemunhas, os bandidos chegaram à tarde na cidade e foram direto ao quartel da Polícia Militar, onde renderam um policial, roubaram armamento e atearam fogo no prédio. Em seguida, andaram pelas ruas do município atirando pra cima até a sede da empresa de segurança e transporte de valores, a Brinks.
Em vídeos nas redes pode-se ver imagens dos criminosos explodindo o prédio para acessar o local.
Apesar de todo estardalhaço, segundo a empresa, os bandidos não levaram o dinheiro.
Na fuga realizada pela BR 158, os bandidos encontraram com as equipes policiais que foram acionadas em Vila Rica e houve troca de tiros. Eles conseguiram fugir pela região que dá acesso à Santa Terezinha. Onde - na aldeia indígena Itxalá -, abandonaram dois veículos que usaram na fuga: uma Toyota SW4 e uma Land Rover Range Rover Sport.
Em um dos veículos, a polícia encontrou marcas de sangue, sinalizando a possibilidade de alguns dos bandidos terem sido feridos nos confrontos.
No início da caçada, 10 de abril, por meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública já havia sinalizado que todas suas forças de segurança estariam atuando na ação contra os criminosos e que receberiam apoio da Polícia Federal e também das secretarias de Segurança dos estados que fazem divisa com Mato Grosso como Pará, Tocantins e Goiás.