O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) não descarta a possibilidade de vir a concordar com a proposta do governador eleito Mauro Mendes (DEM) de redução do duodécimo, caso continue a frente da Assembleia Legislativa na próxima legislativa.
De acordo com o democrata, a medida não está descartada, mas garante que não tomará nenhuma decisão sozinho. A intenção do parlamentar é promover um grande debate sobre o tema com os demais deputados a fim de chegarem a um denominador comum.
Em contrapartida, afirma que, inicialmente, trabalhará com a redução de gastos no Parlamento Estadual e não corte no duodécimo, tendo em vista que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos congelou os repasses aos poderes.
“O problema é que houve correção na PEC, que prevê correção inflacionária no teto de gastos, e o duodécimo não teve correção. Então, com isso houve uma perca em torno de R$ 22 milhões para Assembleia e R$ 60 milhões para o Tribunal de Justiça. Nós estamos discutindo isso, ver se vamos reajustar ou cortar gastos aqui mantendo esses valores”, explicou.
Diante disso, Botelho acredita que a discussão envolvendo redução do duodécimo e corte de gastos ainda gerará muita polêmica. “Nós estamos discutindo, tudo é possível. Se congelar, nós já estamos perdendo R$ 22 milhões, aí já temos corte de mais de 4%, porque estão pegando valor de referência de 2017. Então, essa discussão ainda vai muito longe, mas os Poderes não estão fora desse patamar”, finalizou.