As autoridades da Espanha admitem que um grupo "especialmente violento" de cerca de 400 a 500 torcedores argentinos causam preocupação para a finalíssima da Copa Libertadores, no domingo, entre Boca Juniors e River Plate. A excepcional decisão do título será no estádio Santiago Bernabéu, em Madri.
Estes torcedores considerados violentos fizeram a viagem de Buenos Aires até Madri nestes últimos dias. Um deles, Maxi Mazzaro, foi deportado logo ao desembarcar na capital espanhola na noite de quarta. Ele é um dos líderes de uma ala radical da torcida do Boca Juniors.
Devido a esta preocupação as autoridades espanholas destacaram cerca de 4.000 integrantes da polícia para fazer a segurança da partida marcada para as 17h30 (horário de Brasília) de domingo. Trata-se do dobro do efetivo geralmente destacado para acompanhar os clássicos entre Real Madrid e Barcelona.
De acordo com José Manuel Rodríguez Uribes, autoridade do governo que supervisiona a segurança do grande jogo, o planejamento trata o evento como de "alto risco". Por isso, a polícia manterá o nível de alerta no máximo para vigiar torcedores com maior potencial de causar problemas antes, durante e depois da decisão do título.
Boca e River vão decidir o título da Libertadores no estádio do Real Madrid, em solo europeu, por causa dos incidentes ocorridos antes da partida marcada inicialmente para o dia 24, no Monumental de Núñez, estádio do River Plate.
Poucas horas antes do início do jogo, o ônibus do Boca foi apedrejado por torcedores do River e jogadores ficaram machucados, o que impediu a realização da partida decisiva. Dias depois, a Conmebol anunciou punição ao River e decidiu mandar o jogo fora da Argentina. O estádio Santiago Bernabéu foi o escolhido, apesar da oposição dos dois finalista