Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2024

CIDADES Sábado, 17 de Março de 2018, 05:45 - A | A

Sábado, 17 de Março de 2018, 05h:45 - A | A

EDUCAÇÃO

Mudança de escola; como saber quando é a hora

Da Redação

A relação entre seu filho e a escola não está boa? As notas despencaram, ele pareceu desmotivado, isolado, disse que não queria ir para a aula ou que ninguém gostava dele. Diante desse cenário, trocar a criança de escola pode parecer a solução mais lógica para muitas famílias. No entanto, antes de começar a procurar uma nova instituição de ensino, alguns pontos devem ser considerados no processo.  

 

Conforme explica a psicopedagoga e diretora do Educandário Jardim das Goiabeiras, Ivete Ferreira, é na escola que a criança amplia sua visão de mundo, aprende uma série de coisas novas, passa a ganhar maior independência e que, muitas vezes, começa a se relacionar com pessoas de fora da família. Por todos esses motivos, é natural que surjam alguns desafios ao longo do caminho.  

 

“Uma disputa por um brinquedo aqui, um pequeno desentendimento ali. Cabe aos pais – com afeto, atenção, cuidado e resiliência – ensinar o filho a encarar as adversidades que aparecem. Antes de mudar o pequeno de escola diante da primeira situação desconfortável, respire fundo e reflita se essa é mesmo a melhor decisão a ser tomada. Até porque aprender a lidar com frustrações é um dos pilares da educação e a criança precisa passar por isso”, pondera.  

 

Ivete complementa que quando os pais trocam a criança de escola sempre que um novo desafio aparece, eles acabam ensinado, mesmo que indiretamente, que o mundo deve se adaptar ao filho e não o contrário, bem como que acriança é intocável e não precisa encarar desafios ao longo da vida. Por outro lado, ela alerta que há algumas situações particulares que podem ser indicativas de que uma mudança é, sim, necessária.  

 

“Para tomar a decisão, coloque na balança os benefícios e os prejuízos de sua escolha para o pequeno. Antes de escolher a instituição, pais e mães devem se cercar de informações sobre a escola. Isto envolve saber qual é o projeto político-pedagógico, quais valores a instituição acredita, o que a norteia, qual sua metodologia, como ela lida com situações distintas [de uma simples mordida até um acidente mais grave]. Esclareça eventuais dúvidas diretamente com a escola”, ressalta.  

 

Alerta Vermelho

 

Desejar que as férias nunca acabem (ou cheguem logo) é algo natural. Afinal, quem não gosta de ter tempo livre para descansar e se divertir? Com as crianças ocorre o mesmo. Porém, a situação muda de perfil no momento em que o desânimo passa dos limites e a criança nunca está contente por ir à aula, vive reclamando, não se anima ou vê pontos positivos em nenhuma atividade escolar. Nessas situações, é preciso acender o sinal vermelho.  

 

“Se o comportamento da criança alterou de forma repentina, preste atenção especial. Por exemplo, ele adorava ir à escola e, de repente, ficou triste, apático e desconfortável. Quando isso ocorre, vale investigar o caso mais a fundo para entender o que estar acontecendo. Dependendo da gravidade da situação e do trauma gerado, a mudança de colégio pode ser necessária. Nenhuma violência corporal castigo físico ou verbal situação humilhante contra acriança é tolerável”, enfatiza Ivete.  

 

Ao mesmo tempo, deve-se considerar que, em certas situações, a mudança de temperamento da criança pode significar algo além. A psicopedagoga reforça que os pais, bem como as próprias instituições de ensino, precisam ficar atentos se o mau desempenho não é consequência de uma dificuldade de aprendizagem real – como, por exemplo, dislexia ou TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade).  

 

“Muitas vezes as famílias desconfiam de bullying ao notar a criança mais agressiva ou chorona. É natural a dúvida, mas nem sempre é o caso. Às vezes, o pequeno só está sendo muito exigido e se sente pressionado. Já, na situação oposta, quando a criança só tira notas incríveis em tudo e não quer ir embora da escola, os pais também devem ficar em alerta. Se o pequeno é demasiadamente feliz na escola, ele pode estar numa zona de conforto – não enfrentando desafios. A aprendizagem requer passar por certos momentos de frustração, bem como procurar novos estímulos”, explica.   

 

Educandário

 

Por meio do Sistema Maxi de Ensino e da Pedagogia Afetiva, o Educandário Jardim das Goiabeiras apresenta em sua estrutura espaços como berçário completo; salas climatizadas; kid play; mini-parque aquático; campinho de futebol; pista de educação de trânsito; casa de boneca; refeitório; sala multifuncional (para balé, argila, artes e música); sala para filmes/descanso e fazendinha (criação de pequenos animais, horta sustentável, educação ambiental e parque de areia).  

 

Mais informações pelo telefone (65) 9 9976-9516. O Educandário Jardim das Goiabeiras está localizado na rua Coronel Barros, 288, bairro Goiabeiras, em Cuiabá. (Com informações Assessoria)