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CIDADES Sexta-feira, 20 de Abril de 2018, 11:00 - A | A

Sexta-feira, 20 de Abril de 2018, 11h:00 - A | A

IMBRÓGLIO JURÍDICO

Hospital Jardim Cuiabá corta atendimentos de 8 planos de saúde

Karollen Nadeska, da Redação

O hospital Jardim Cuiabá anunciou nas primeiras horas desta sexta-feira (20), que praticamente 80% dos convênios com planos de saúde foram cortados da unidade. Apenas pacientes que possuem Unimed ou que possam arcar com as despesas hospitalares, serão atendidos normalmente. Quanto aos casos de pacientes já internados, nada foi esclarecido. Porém, a gestão do MT Saúde divulgou uma nota, contrariando o comunicado, onde afirma que os atendimentos serão retomados ainda pela manhã.


No final da tarde de quinta (19), a antiga arrendatária Hospital Jardim Cuiabá Ltda, conseguiu obter na Justiça, uma decisão que autorizou os sócios Fares Hamed Abouzeid Fares e Arilson Costa de Arruda, a retirar documentos pessoais da unidade. Todavia, advogados da empresa que assumiu a gestão, a portadora e Exportadora Jardim Cuiabá Ltda, tentou impedir a retirada desses documentos, alegando descumprimento de ordem judicial.


Mas, em novo despacho o juiz Yale Sabo Mendes, da 7ª Vara Cível da Capital, esclareceu que não houve desobediência quanto a decisão, que é exclusivamente objetiva sobre itens de restrição.


“Somente estariam proibidos de retirar do local os bens corpóreos, dentre eles quaisquer equipamentos/utensílios considerados úteis e necessários para continuidade na prestação dos serviços e atividades hospitalares”, informa o magistrado.

 

Divulgação

 Comunicado do Hospital Jardim Cuiabá

 

 

Dessa forma, a gerenciadora afixou uma faixa com os seguintes dizeres na porta da unidade: ‘Prezado cliente, o Hospital Jardim Cuiabá informa que no dia 20/04 a partir da 0h encerra suas atividades neste local”.


Foram cortados os planos: MT Saúde, Amil, Bradesco Seguros, Cassi, Economy Brasil, ServSaúde, Saúde Caixa e Sulamérica.


Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde Mato Grosso, Oscarlino Alves, o maior afetado com imbróglio jurídico sem dúvida é o servidor.


“Nós somos servidores da saúde, não temos um convenio com o hospital. A sociedade geral está sofrendo com esse elemento surpresa, do judiciário intervir no arrendamento do hospital, e isso gera todo esse transtorno para a população”, disse em entrevista à rádio Vila Real.


Entretanto, o sindicalista ressaltou que tem buscado junto ao presidente do MT Saúde, Basílio Guimarães, soluções a curto prazo.

 

“Como dirigente sindical, eu não acredito que vá evacuar ou transferir essas pessoas que estão naquele hospital. Não acredito que a gente vai enfrentar uma dificuldade maior. Eu conversei com o novo presidente do MT Saúde e ele também está conversando com o pessoal do hospital e inclusive para melhorar”, informou.


Por sua vez, a autarquia governamental divulgou uma nota contrária a decisão da nova gerenciadora da unidade.

 

Confira abaixo a nota do MT Saúde

 

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