A exposição ‘De Ocas Abertas’ que está em exibição na Bemtivi Academia de Arte, no 1° piso do Goiabeiras Shopping, em Cuiabá, tem como objetivo fomentar e resgatar a cultura dos povos e etnias que vivem em terras mato-grossenses. Além disso, a exposição pretende aflorar nos visitantes um olhar de curiosidade e respeito pelos povos que estavam presentes na época da colonização, mostrando que a sociedade cuiabana possui raízes culturais e traços dos povos originários indígenas.
A mostra gratuita segue até 14 de agosto, com visitação de terça-feira a sábado, das 14h às 20h. Em decorrência da pandemia, as visitas foram reduzidas para sete pessoas por grupo. Para visitar é necessário agendar pelo telefone (65) 99982-2854.
O objetivo é trazer à luz a discussão e entendimento de que ser diferente é legal e respeitar as diferenças que talvez separe a nossa sociedade da deles. E mostrar o quanto nós cuiabanos temos uma forte ligação seja nos costumes e hábitos diários
Em contato com O Bom da Vida, o curador da exposição, Jeferson Bertoloti informou que a intenção da exposição é debater acerca dos povos originários indígenas que sofreram perdas territoriais, ameaças de invasão e grilagem, violência e mortes. Além disso, destacar a cultura indígena e suas fontes de riqueza em inúmeros aspectos, sejam eles sociais, culinários, familiares, medicinais e de como eles se organizam enquanto sociedade.
“O objetivo é trazer à luz a discussão e entendimento de que ser diferente é legal e respeitar as diferenças que talvez separe a nossa sociedade da deles. E mostrar o quanto nós cuiabanos temos uma forte ligação seja nos costumes e hábitos diários, seja na culinária, seja corporal com esses povos originários da nossa terra cognominada Cuiabá”, explicou.
Para estabelecer uma ligação entre os visitantes e a cultura dos povos originários indígenas, o nome da exposição ‘De Ocas Abertas’, é para que o visitante se sinta dentro de uma oca, trazendo a ideia de como é viver em coletivo, guiando a sociedade cuiabana para a ideia da coletividade.
“A exposição quer impactar positivamente a população cuiabana, pois cada detalhe, cada parceiro, cada artista, que está conosco, foi pensado para que pudéssemos alcançar a sociedade de modo geral. Mostrar as belezas, mas também as agruras que esses povos originários sofrem”, pontua.
Além disso, o curador explica que após anos, atualmente, existe uma proposta nacional para trocar o termo indígena por povo originário. Para Jeferson, essa mudança é necessária e condizente para trazer uma identidade a esses povos que já viviam com seus costumes e hábitos na América, antes da colonização.
Durante a exposição, os organizadores explicam sobre a obra e sobre o artista para que o visitante se sinta à vontade para trazer informações que tenha conhecimento. Neste momento, há uma troca de informações e experiências para entender a importância dos povos originários em terras mato-grossenses e, principalmente, pensar na coletividade.
Os visitantes também são convidados a doarem um quilo de alimento não perecível durante o evento, que serão destinados a projetos sociais que auxiliam etnias indígenas. O espaço oferece ainda workshop aos domingos, das 14h às 18h.
