Doze pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Distrito Federal na Operação Snake, que investiga o tráfico de animais silvestres. Entre elas o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, que foi picado por uma cobra Naja no início de julho.
De acordo com a Polícia Civil, o jovem mantinha diversas serpentes exóticas irregularmente dentro do apartamento onde mora, em uma cidade próxima ao Plano Piloto.
Ainda segundo as investigações, Pedro Krambeck comprava serpentes de outros estados, criava em cativeiro, montado na própria residência, e vendia os filhotes por 500 reais a interessados.
A mãe do estudante e o padrasto teriam se envolvido na prática dos crimes e também foram indiciados.
O delegado Jônatas Santos, um dos responsáveis pelo caso, afirmou que o esquema envolve outros estudantes e até professores universitários.
De acordo com o delegado Ricardo Bispo, um ex-comandante do Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do DF também foi indiciado.
A conduta de uma servidora do Ibama, que teria facilitado a concessão de licenças ao grupo envolvido no esquema, será apurada em investigação realizada pela Polícia Federal.
O inquérito da Operação Snake foi concluído e, até o final da semana, deve ser entregue à Justiça.
Os indiciados vão responder por tráfico de animais silvestres, maus-tratos e associação criminosa.