O suplente de deputado federal Valtenir Pereira (MDB) diz que o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, do mesmo partido, é PHD em roubo e “esqueminhas” de falcatruas e malandragens. A afirmação do político é uma resposta relativa a um comentário feito por Pinheiro durante coletiva de imprensa, na manhã dessa sexta (15), onde ele afirma que de roubo Valtenir entende bem.
“Em matéria de esquema, esqueminha, roubo, o prefeito Emanuel Pinheiro é PHD. É professor. Ele terá que provar na Justiça. Agora, as falcatruas e malandragens dele são conhecidas de toda a população cuiabana, de Mato Grosso e do Brasil. Quem não se lembra do esquema das esmeraldas falsas, das notas frias na Assembleia Legislativa, do esquema dos estacionamentos rotativos, com valor acima de R$ 50 milhões, dos maços de dinheiro caindo do paletó, que o Ministério Público classificou como o maior escândalo de Mato Grosso?”, questiona Valtenir.
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A troca de farpas ocorre que em meio ao impasse envolvendo a paralisação dos atendimentos da Santa Casa de Misericórdia da Capital, Valtenir acusou o prefeito de estar “roubando” R$ 12,4 milhões da unidade e que teriam sido articulados pela bancada federal de Mato Grosso.
E o prefeito rebateu: “não vou baixar o nível com uma coisa tão pequena, tão varejista, cheia de ‘esqueminhas’. Não teve esquemas na Prefeitura de Cuiabá e não vai ter. Isso é que deve ter gerado a revolta dele”, acrescentou Emanuel.
“De roubo Valtenir entende bem. Se tem uma coisa que ele entende é de roubo e crime”, disparou o prefeito.
“Em matéria de esquema, esqueminha, roubo, o prefeito Emanuel Pinheiro é PHD. É professor, diz Valtenir”
SANTA CASA
A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá teve de suspender os atendimentos recentemente por falta de repasse no valor de R$ 3,6 milhões, por parte da prefeitura. Emanuel nega que deve o montante. Nega também que assegurou repasse de R$ 12, 4 milhões à unidade por emenda de bancada. Informação esta que é rechaçada pelo ex-presidente da Santa Casa, Antônio Preza.
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DINHEIRO NO PALETÓ
O prefeito tem sido duramente criticado pela população e por colegas de partido, porque desde o ano passado, depois da matéria exibida em agosto de 2017, no programa Fantástico, da Rede Globo, denunciando deputados de Mato Grosso que teriam recebido 'mensalinho' do ex-governador Silval Barbosa.
Parlamentares, dentre eles Pinheiro, foram filmados pelo ex-chefe de gabinete, Sílvio Cesar Correa, recebendo o que o ex-governador chamou em sua delação premiada, homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, como propina para deixar os deputados longe dos desvios que ele [Silval], vinha fazendo, em particular, nas obras da Copa 2014.
A delação resultou na operação Malebolge desencadeada em setembro de 2017. Dentre os investigados estão o ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), deputados estaduais, empresários e conselheiros do Tribunal de Contas do Mato Grosso (TCE-MT), sendo que cinco - José Carlos Novelli, Waldir Júlio Teis, Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, Walter Albano da Silva e Sérgio Ricardo de Almeida -, acabaram sendo afastados de suas funções.
A denúncia feita no Fantástico, contra Emanuel Pinheiro, à época deputado estadual, o mostra dentro da sala do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Sílvio César Corrêa, colocando maços de dinheiro no paletó. A Câmara dos Vereadores chegou a abrir uma CPI para investigar o vídeo em que Pinheiro aparece recebendo o dinheiro, mas a Comissão não deu andamento à apuração.