Rafael Medeiros
O ex-presidiário Waldeir Pinto de Moura, 26 anos, volta a ser preso, na madrugada desta segunda-feira (22), suspeito de estuprar e ameaçar um adolescente, de 16 anos, no bairro Império do Sol, região do Industriário em Cuiabá. O suspeito usava uma conta falsa, nas redes sociais, se passando por mulher para atrair meninos.
Waldeir que possuí três passagens pela polícia - sendo uma em Corumbá (MS) pelo crime de estupro e duas em Cuiabá por atentado violento ao pudor e subtração de incapazes - confessou os abusos.
De acordo com o Sargento Rodrigues Alves, do 24° batalhão da PM, os militares foram acionados por volta das 00h pela mãe do menor. Ela relatou, a princípio, que o filho havia tentado suicídio pela segunda vez por conta dos abusos sexuais, que vinham ocorrendo há pelo menos seis meses.
“A mãe já desconfiava que o filho estivesse mantendo relações sob ameaças. O menor contou à guarnição que Valdeir ameaçava matar toda a família, caso alguém descobrisse”, disse o sargento. [vídeo final da matéria]
Ao O Bom da Notícia, a mãe da vítima, que preferiu não se identificar, relatou que o filho conheceu o suspeito, em janeiro, pelo facebook onde Valdeir usava uma conta falsa se passando por mulher. O suspeito frequentava a casa da família e chegou a levar presentes para conquistar a confiança dos parentes.
“Eu vi meu filho cada vez mais triste. Tinha certeza que algo de errado estava acontecendo. Ele [vítima] tentou se matar duas vezes. Esse homem [Waldeir] teve a cara de pau de frequentar minha casa, levava creme e chocolates”, relatou a mãe da vítima.
Waldeir foi preso, na casa de uma amiga, no bairro Jardim Industriário. Porém não estava em flagrante. As partes assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O suspeito deve responder por estupro de vulnerável e ameaça em liberdade. Se condenado, ele pode pegar de 8 a 15 anos de prisão.
'Amigo da família'
A maioria dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes são cometidos por pessoas próximas das vítimas. Eles utilizam do poder que têm sobre a criança para coagi-las a praticar os atos sexuais.
É muito importante que os pais e responsáveis fiquem atentos às atitudes da criança e do adolescente. Se notar uma mudança radical no comportamento delas, se notar que a criança apresenta lesões nas partes genitais, elas devem conversar com a criança, procurar alguém ou até mesmo a delegacia para investigar se elas estão sendo vitimas de algum tipo de crime.